21.12.24

Freire quebra o silêncio: "quando se mudam 20 jogadores não são só opções do treinador"

 Luis Freire fala pela primeira vez, hoje em A Bola, sobre a sua saída do Rio Ave:

Algumas frases:

"Quando se mudam 20 jogadores não são só opções do treinador, mas sim ideias do novo projeto que o Rio Ave tem. Tudo muda com a constituição de um plantel já muito virado para a valorização dos jogadores."

"Eu estive no Rio Ave três anos, com uma base muito sólida de jogadores como Vítor Gomes, Ukra, Guga, Aderlan Santos, Jonathan Santos, Costinha, Joca…. Portanto, com jogadores muito fortes a nível de personalidade e que representavam muito bem os valores do clube. O próprio clube passou a ser SAD e a avaliação do trabalho nunca será tão pessoal, porque temos um investidor que está no estrangeiro."

"Eu sei uma coisa, com o António Campos nós estivemos a oito pontos do primeiro lugar e fomos campeões e no final, toda a gente festejou. Com a doutora Alexandrina tivemos muitas dificuldades que foram reconhecidas. Liderei projetos no Rio Ave sem poder inscrever jogadores, com ordenados em atraso e tivemos de fazer das tripas de coração para manter o clube. E, claro, quando eu fico no Rio Ave, espero que as pessoas que querem ficar com este treinador o deixem mostrar trabalho mais tempo e não só nos dez primeiros jogos."

"Mesmo este ano, nós tínhamos uma relação boa com os diretores, o João Amaral e o Pedro Albergaria, mas há decisões que os ultrapassam e a última palavra é de quem decide. Da minha parte, fica um título ganho, duas permanências conquistadas e deixo o clube muito melhor do que o encontrei. Nós estávamos num caminho e as coisas demoram o seu tempo. Eu tenho a certeza de que nós, até ao fim do campeonato, íamos atingir os objetivos."

Em resumo: Freire responsabiliza a SAD - pelo plantel extenso, pelo objetivo primordial de valorizar jogadores, pelo facto do investidor estar no estrangeiro e pela falta de sintonia com os seus objetivos.

(ou seja, para os leitores mais atentos, nada de novo. Mas é uma entrevista relevante porque, de uma forma tranquila, Freire confirma tudo aquilo que já sabiamos e aqui escrevemos)