Aqui ficam as notas essenciais de uma reunião que durou 3 horas (em parte explicada por uma muito longa intervenção de Mário de Almeida e pela leitura da ata da reunião anterior, que durou 30 minutos!).
Os três temas-quentes que preocupam os Rioavistas não foram naturalmente esquecidos:
1) Revisão estatutária e possível criação da SAD. A Presidente disse que o processo começará em breve (não foram deixadas datas precisas) e que primeiro discutir-se-á a revisão e só depois será dada a atenção ao cenário da SAD. Alexandrina Cruz, a pedido de um associado, deixou claro que defenderá até ao último esforço que o Rio Ave mantenha a maioria do capital.
2) Situação financeira: a Presidente começou por dizer, na sua intervenção, que o momento financeiro do Rio Ave "condiciona fortemente" o presente do Clube, que "está numa situação delicada". Mais tarde o Presidente do Conselho Fiscal falou numa "situação muito difícil" e Mário Almeida até usou expressões como "hipótese de situação de pré-falência" e "estado catastrófico". Mas não passávamos disto. Apesar do adiantado da hora, e porque me parecia que havia um 'elefante na sala', pedi a palavra para obter esclarecimentos mais concretos da Presidente. Alexandrina Cruz explicou então que desde a descida de divisão o passivo se foi acumulando (logo na época de descida 12 milhões, passando depois para 16 milhões) . Sem vendas de jogadores e orçamentos desportivos na ordem dos 10/12 milhões, a situação foi ficando cada vez mais delicada. A 'folga' que havia nas contas bancária foi sendo gasta até chegarmos a este ponto. Não obtivemos um valor daquele que será o passivo nesta altura (3 horas depois, o desgaste já era muito e não tive 'coragem' de insistir; teremos de esperar pela AG de outubro), mas quem esteve presente percebeu que o problema é grave e (é a minha convicção) vai conduzir inevitavelmente à criação da SAD - falta saber em que condições. Gostei de ouvir a Presidente dizer que é solidária com todas as decisões tomadas pelos anteriores executivos, mesmo quando não concordou totalmente com elas.
3) Equipa principal: A Rio Ave SDUQ vai para esta época com um orçamento de 11,2 milhões (receitas televisivas de 5,8 milhões e 4,7 milhões em previsão de venda de jogadores). O futebol profissional custará 8,1 milhões, cerca de metade dos quais em ordenados de jogadores.
(Foi a primeira prova de fogo de Alexandrina Cruz e, tirando algumas palavras duras e desnecessárias para com um associado, saiu-se genericamente bem)
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