6.2.22

Leixões: empate a 2 golos de novo com o banco a dar frutos.

'Tou, mãe? Almoço para as 13!

Podia começar pelo fim, mas vocês já sabem todos como acabou. Não o almoço, o jogo.
Freire decidiu mudar muita gente, mais de meia equipa. Começou com Zé Manel, Ukra, Amine, Sávio, Sylla e Aderllan que não tinham estado no onze inicial de quarta-feira. Há muitos jogos este mês, há que gerir. Quanto a Aderllan de início, acho que é porque dá muito jeito ter dois guarda-redes em campo ao mesmo tempo. O Leixões sabe disso e é desde logo um jogo mental que os condiciona. A priori e em teoria era de mestre!

Jogo começado, não se via Rio Ave. Eu acho que era por causa dos equipamentos. "É marketing, senhor", tá bem, mas não sou obrigado a gostar, prefiro o nosso verdinho listado. Nisto há golo anulado ao Leixões fruto da regra cujo nome engana qualquer, o "fora de jogo". Decisão certa. Má decisão teve o defesa direito do Leixões ao passar da meia hora. Rematou à entrada da área e faz um belo golo. Não havia nada de diferente para fazer? Que equipa sofre um golo de um tipo chamado Pastor? Que dizer? A mim pareceu que era mais que ajustado face ao que o Rio Ave não conseguiu fazer. Aquele moço que estava à baliza do Leixões bem que podia ter ido comer uns camarões ao centro de Matosinhos que ninguém notaria que não estava em campo. Freire mostrava-se insatisfeito e arrependido. Aos 40 minutos tirou Sylla e Sávio e meteu Amaral e Costinha. Portantos, o problema não era o sistema, eram os jogadores. Às vezes o problema parece ser o Freire, se bem que na semana passada mexeu para ganhar. O fim da primeira parte não lhe dava razão, porém. E quando o Leixões fez 2-0, tive vontade de lhe arrancar o bigode, pelinho a pelinho. Fomos pouco mais que inofensivos. A vergonha vestia-se destes números:
Quando uma parte do jogo é muito má, a probabilidade da outra ser melhor é grande, por isso, recorrendo a muito boa fé, fica-se a ver. Do intervalo não regressaram Amine e Ukra. O outrora desequilibrador extremo mal foi notado. Também não tem sido reforço. Já Aziz mal entrou e já conseguiu falhar um golo. Foi muito mais que toda a primeira parte em que nem golos conseguimos falhar! A segunda parte fez-me achar que a malta chegou tarde da discoteca e começou a jogar com os miúdos. Os adultos iam entrando à medida que chegavam. Quando Aziz marcou achei que ainda dava tempo pra mais. E foi mesmo assim. Entretanto Ronan tinha chegado, equipou-se e pimba!, golo de cabeça! Outra vez o banco a render juros! 83 minutos, ainda dará pra mais?

Não deu, mas há uma espécie de alegria quase vitoriosa entre rioavistas. Quem esperava o pior ao intervalo dá-se por satisfeito. Eu vivo esse sentimento durante uns instantes e depois fico outra vez insatisfeito. Será de achar que temos de dar mais do que demos, será da fome e do meu feitio que ela faz sobressair. Já agora o almoço é rancho. Mãe, estou mesmo a chegar.