27.2.22
Ganhámos ao Porto B e estamos em lugar de subida.
20.2.22
Feirense: empatar é pior que ganhar, mas melhor que perder. Ou não?
16.2.22
A Cara e a Careta
Nos últimos 2-3 meses a contestação à equipa do Rio Ave FC tem vindo a subir de tom.
Desde à direcção pelas contratações, empréstimos e negócios inexplicáveis nesta janela de janeiro, bem como o papel de alguns assalariados com cargo de directores na SDUQ, passando pelo departamento de comunicação e marketing com exponente máximo no post relativo ao SuperBowl, indo ainda a alguns jogadores, nomeadamente Pedro Amaral e A. Santos; mas principalmente com mais ênfase ao treinador.
E a verdade é que o treinador, apesar de na prática a situação não ser alarmante, pôs-se a jeito.
Luís Freire resolveu inovar para uma linha de 3 centrais, adaptando um jogador a um desses 3 lugares, jogador esse, cujo rendimento na sua posição de origem já vinha sendo mau. Ao mesmo tempo, tirou um jogador da equipa com o qual os adeptos se identificavam, pela presença, pela postura, pela tomada de decisão de ter de jogar feito quando o tinha de fazer (será que foi isso que o tirou da equipa?), até pelo jogo aérea ofensivo, que desde que saiu da equipa perdemos e muito, algo que nos deu golos na fase inicial da época - Hugo Gomes. E o Rio Ave FC precisa de marcar golos.
Pior que isso foi o treinador do Rio Ave FC vir para conferências de imprensa negar que jogávamos com 3 centrais e que isso apenas acontecia pontualmente na saída de bola e que tinha como objectivo as incursões de Amaral/Sávio pela esquerda, o que proporcionaria desequilibro no adversário. Pois bem, os adeptos do Rio Ave FC não são treinadores e é óbvio que o Sr. Luis Freire percebe mais de futebol do que nós. Contudo, o comum adepto do Rio Ave FC também não é cepo nenhum e está habituado a ver jogos de uma equipa que luta pela Europa, jogos de Liga Europa, jogos onde a nossa equipa defronta equipas que se apuram para a Liga dos Campeões e jogos de finais e meias-finais de provas internas. Como se pode ver nas imagens, Gabriel é o nosso lateral esquerdo, Amaral é central, defendemos com uma linha 3 com a defesa mais subida e com uma linha de 5 em defesa posicional mais baixa. E isto acontece sistematicamente. Portanto não é 3 a sair. É 3 centrais - Ponto.
Acontece também, sempre, termos 11 jogadores nossos dentro da nossa área nos cantos contra nós e não é apenas quando estamos em vantagem no marcador. É sempre, seja em casa ou fora, do primeiro ao último minuto. Isto não é de equipa que quer ganhar. É de equipa que não quer perder.
Portanto, não sendo treinadores, os adeptos do Rio Ave FC também não gostam de ser comidos por lorpas; se o treinador tem razões para apontar o decréscimo da qualidade nos últimos jogos, também tem de ter coragem para admitir que no que está ao seu alcance as coisas também não estão todas bem.
Se é verdade que já fomos mais vezes prejudicados que beneficiados e se é verdade que tantos jogos em 4 semanas é desgastante, tem de ser verdade também que não se pode escamotear a falta de qualidade no jogo do Rio Ave FC e os erros graves principalmente na transição defensiva.
Como é que se explica que antes dessa série já tenhamos sido virados em casa de 1-0 para 1-2 com Mafra e com Viseu?
Como é que se explica que se deixe um jogador como A. Santos em campo na Taça quando nas bancadas ao intervalo já se comentava "da maneira que ele é, vai ser expulso, mais valia troca-lo já" (não obstante de Hugo Gomes ter responsabilidades no golo sofrido) - e foi expulso, mais uma vez por uma estupidez. No último jogo contra o Estrela da Amadora há 2 dos 3 centrais amarelados e o A. Santos - único que não estava, que desta vez foi central pelo meio, decidiu sair a jogar pelo meio, com o resultado em 1-0, perdendo a bola em zona perigosa e deixando os seus 2 companheiros da defesa, já amarelados em situação que poderia haver necessidade de fazer falta para amarelo. Nem o jogador pensou nisso, nem o treinador precaveu essa possibilidade, com 5 substituições que agora se podem fazer?
Joguem os laterais que jogarem, os erros são sempre os mesmos. Chega trocar os jogadores? Não é preciso mais trabalho nesse sentido?
Prender o melhor jogador da equipa no 1 para 1, o que mais desequilibra, como lateral, não é um crime? No momento mais forte do jogador já ele está morto fisicamente por andar a correr atrás tanto do extremo como lateral adversários e morto psicologicamente porque já passaram 5 vezes por ele e isso mata qualquer 1. E atenção, o Gabriel é dos que mais tem corrido, só que anda a tentar fazer o que não sabe nem é sua característica e por isso não rende. E mais, até parece mal o treinador estar sempre aos berros com ele quando atacamos para Norte e o homem joga ali em frente ao banco. Se já se percebe que ele anda perdido, mais perdido fica com tanto berro.
Dizer que só perdemos 1 jogo nesta sequência é verdade. Mas não é ocultar outra verdade dizer que esse jogo foi perdido contra o único adversário directo que jogamos nessa mesma sequência e que nem às pUlacas que não jogam nadinha conseguimos ganhar em casa?
A verdade é que nos últimos jogos tenho estado mais de acordo com as leituras do treinadores adversários do que com a leitura no nosso treinador - quem tem ganho os nossos jogos é a qualidade individual dos nossos jogadores, tanto técnica como em termos de atitude, porque o Rio Ave FC com bola não tem feito nada. Circundamos a área adversária a trocar a bola e somos inertes. Eles fecham-se não saem na atracção e quando perdemos a bola, sem criar perigo, vêm rápido nas costas dos laterais.
É sempre preferível ganhar, mesmo a jogar mal, mas quando se joga mal, mesmo ganhando, há que assumir e ser sério. E quando se tem jogadores muito melhores que os outros é preciso mostrar mais futebol. Muito mais futebol.
14.2.22
Estrela da Amadora: 1-0. Tão pobre que mete dó.
10.2.22
Chaves: derrota da pior equipa, logo resultado adequado.
Foi a pensar nestas coisas que lá me sentei, resignado, no sofá para ver o jogo. Havia tremoços sobre a mesa, já não era mau. Outra ideia atravessou-se-me o espírito: que terão andado a comer os jogadores do Rio Ave? Quem vai de véspera como eles foram, devem ter tido tempo para uma refeição mais substancial. Se não foi ao jantar, podem ter almoçado uma coisa que lhes tenha dado forças porque o jogo só começava às 6 da tarde. Já ia dar pra perceber como foi a coisa. Ia, mas não às 6. A luz teve umas avarias lá por terras flavienses. Para nós com aquele equipamento branco nem era problema, os nossos jogadores eram visíveis até de Vila do Conde. O Freire hoje estava menos gestor criativo, só mudou 4 jogadores na equipa inicial de Matosinhos. Temi que com o atraso no início do jogo ainda fosse mudar de ideias e trocar mais uns 4 ou 5. Com o atraso já não havia tremoços na minha mesa e pelo que se via na TV não faltaria muito para se acabar a água aos jogadores do Rio Ave de tanto aquecimento e certamente de tanto enchido fumado e salgado consumido entre o pequeno-almoço e o lanche. Freire conversava com a equipa técnica e pela cara o almoço não deve ter sido grande coisa. Volta tudo ao balneário e na TV anunciam início para as 18:45. A minha mulher não via a bola a rolar e já me cravava para fazer o jantar... "Não posso, tenho uma afta na língua, devem ter sido os tremoços...".
18:47 e finalmente começava o jogo. De início parecia que jogávamos em casa. A malta de Chaves estava mais expectante, os sonsos, a ver-nos tecer uma renda de bilros. Era muita posse de pé pra pé e até conseguimos uma boa oportunidade, mas Pedro Mendes só conseguiu acertar no Paulo Vítor, esse mesmo que já jogou por nós. Depois disso e chegados à meia hora o melhor que conseguimos foi ver a reconhecida descoordenação motora de Aziz a conseguir cabecear para trás uma situação de golo eminente. Do outro lado o Chaves tinha acordado e Jhonatan negou um golo cantado aos transmontanos. O amarelinho parecia um tigre! Parecia. Depois, porém, ele e Costinha mingaram para 2 gatinhos recém-nascidos de olhos ainda frchados a deixar o Chaves marcar. Ainda eu não lhes tinha chamado os nomes todos e 2-0. Mas que é isto? Somos a pior equipa da Segunda Liga! Que meninos! Onde está o Freire? A televisão nem o mostra!, mostrem o tipo que eu gosto de insultar as pessoas na cara!
Intervalo. Decidi não ver a segunda parte em protesto. Fui fazer o jantar e aproveitar a cebola picada para chorar o que me apetecia.
Vá-se lá perceber porquê, todos os comandos à distância cá de casa avariaram. Não conseguia mudar de canal nem apagar a TV. Cá em casa não se desperdiça electricidade por isso fiquei a ver a segunda parte. Para quê? Aqueles primeiros 15 minutos foram miseráveis, miseráveis. Lá por volta do minuto 17, parecia ter acabado o sono, a equipa lá se mexia qualquer coisinha, mas ainda assim as semelhanças com uma cerveja choca eram mais que muitas. Um mocinho do Chaves ainda foi expulso, mas dava no mesmo, até podíamos ter 25 em campo e eles só 4, perdiamos na mesma. De repente a Sporttv desata a passar publicidade com o jogo a decorrer. Para mim foi um alívio! Já não tinha mais que ver "aquilo"! Alívio curto, o comando da box parecia uma fénix renascida das cinzas e levou a imagem a parar na Sporttv 6, onde ainda se realizavam as cerimónias do despedimento de Luís Freire. Tudo tem uma validade, a de Freire expirou. É o que é.
Ronan (outra vez tu, Ronan? Não andas a exagerar?) ainda fez 2-1, mas foi curto. Logo a seguir conseguimos falhar o empate e o Chaves conseguiu falhar o 3-1. Não há estômago que aguente!
Jogo acabado e com tudo isto vai aqui uma indigestão sem par. A mulher sugeriu água das Pedras, 2 doses. Ela é transmontana (e malvada). Mas água das Pedras, nem pensar! Isto só vai lá com bagaço. Bagaço > Água das Pedras. E vodka.
Ainda vi o Freire a falar à Sporttv mas não percebi nada. Vou esperar pela sempre poética, filosófica e esclarecedora crónica de jogo que o clube publica no site para ficar elucidado.