2.10.20

Tristes, mas GIGANTES

Ontem o Rio Ave defrontou o adversário com mais prestígio na sua história.
O Milan tem mais títulos internacionais que todos os clubes portugueses juntos.

O jogo não foi bonito, mas foi intenso. Uma primeira parte em que aguentamos o 0-0 com ligeira superioridade do Milan. Erros de Aderllan e Bore que lhes valeram amarelos e alguns jogadores muito nervosos. Eles voltam a entrar melhor, marcam e aí... aparece o Rio Ave FC, com uma personalidade e uma classe notáveis a empatar e quase a evitar o prolongamento no último minuto.

No prolongamento Dala marca um golo à Dala. Ele pode não ser um craque, mas tem qualquer coisa. O homem decide, nem que seja a bola a ter que ir ter com ele!

No último minuto do prolongamento já com o Milan a fazer chover bolas para a área, Bore tem um erro que na minha opinião era escusado visto que com a bola  a saltar, Pawel a fazer a mancha e Monte por perto, a probabilidade de o jogador do Milan fazer golo era menor do que de penalty. Acontece.

No desempate de grandes penalidades, com 3 oportunidades para matar vacilamos. Perdemos, mas perdemos de pé, com humildade, com respeito e com classe.

Perdemos o jogo, estamos tristes, mas... ganhamos prestígio, ganhamos história e creio que podemos ter ganho uma equipa... fomos GIGANTES.

OBRIGADO RIO AVE FC!
PARABÉNS RIOAVISTAS!

PS: Os adeptos do Rio Ave perderam a oportunidade de ver no seu estádio e à chuva como fazem muitas vezes, um dos momentos mais marcantes da história deste clube. Nunca aqui mencionei isto porque não gosto nem nunca quis misturar as coisas, pois aqui escrevo como adepto e fica já o registo que hoje é uma excepção, contudo não consigo deixar de fazer referência.

Como profissional de saúde, não entendo, não percebo e não consigo encontrar justificação para a continuação de ausência de adeptos nos estádios de futebol, principalmente em jogos em que a probabilidade de cruzamento de adeptos de várias zonas do país ou do mundo é altamente baixa. Num jogo europeu em que fosse impossibilitada a entrada de adeptos visitantes e sabendo que os adeptos do Rio Ave FC são maioritariamente residentes no concelho da sede do clube, Vila do Conde, não há explicação alguma para a ausência de adeptos.
Os adeptos do Rio Ave FC também não têm histórico de assaltos a bombas de gasolina, matarem adeptos adversários, invadirem instalações de clubes ou de árbitros e baterem em jogadores ou ameaçarem árbitros, nem tão pouco de se encontrarem com claques rivais para andarem à pancada.
Claro que estas situações são de risco porque por norma são feitas em multidão e em grandes grupos concentrados e por adeptos de clubes que geograficamente residem em zonas que podem ser distantes. NÃO É O CASO DO RIO AVE FC NEM DA MAIORIA DOS RESTANTES CLUBES.
Portanto, Governo de Portugal, DGS, Assembleia da República, tenham coragem, abram os outros estádios (sem adeptos visitantes e a 30 ou 15% que seja) e deixem os estádios dos clubes cujos adeptos têm estes comportamentos vazios. Isso sim, seria ter coragem... e não deixar 13 ou 14 clubes sem adeptos por causa do histórico dos adeptos de 4 ou 5 clubes.