foto: abola.pt |
A vitória foi boa, mas o jogo foi muitas vezes sofrível. É estranho ter visto o Rio Ave a tremer tanto, quando tinha tanta gente evoluída tecnicamente e muito esclarecida a jogar a bola dentro do terreno de jogo. Cometemos uma série de erros a defender e valeu-nos o fenomenal Léo para evitar que o adversário marcasse. Faz-me muita confusão ver a equipa teimar em sair com bola dominada desde a nossa grande área, quando claramente ainda não está capaz de o fazer, quando não sabia como ultrapassar a primeira linha de pressão do Sta Clara e quando acumulava erros comprometedores. Depois também me faz confusão ver-nos chegar a terrenos mais avançados e não ter movimentos de ruptura, optando muitas vezes por jogar para trás, teimando em recuar de novo ao nosso espaço defensivo e arriscar outra e outra vez situações em que se cede a posse de bola e se fica em dificuldades. Viu-se mais que uma vez que a equipa consegue ultrapassar a defensiva contrária e criar excelentes oportunidades para marcar. Também nessas ocasiões me faz confusão que não se arrisque finalizar como quando Gabriel ficou isolado e ficou sem ideias nem chutando para golo ou como quando Vinicius isoladissimo nem chutou, nem fintou, valendo que um defesa do Sta Clara acabou por cometer falta para penalty. Nas duas ocasiões em que se optou por ser objectivo, PUMBA! 2 golos, sem espinhas!
Gostei da facilidade de toque de bola no meio-campo com Jambor e Schmidt. Acho que está encontrado o meio-campo mais recuado. O jovem croata quando estiver mais adaptado e com mais confiança promete ser um caso sério com a sua passada larga e em progressão e com a sua qualidade de passe e visão de jogo. Gostei mais uma vez do esclarecimento de Dala em situações em que consegue encontrar o melhor momento e a melhor linha de passe para deixar os colegas em situações privilegiadas. Gostei da agitação que Galeno trouxe ao jogo e que nos deu o esclarecimento e explosão extra para ganhar o jogo, mas gostei sobretudo da segurança que Léo Jardim dá na baliza. Que gigante! Se ganhámos devemo-lo em grande parte ao jovem brasileiro.