Foi a primeira vez que a equipa da Liga Revelação jogou em casa. Haveria umas 500 pessoas a ver o jogo, o que acho que para um sábado de manhã tão convidativo a estar-se noutras paragens não é mau de todo.
Antes de falar do jogo, algumas curtas considerações:
- para que a competição tenha sucesso e para que os jogos possam atrair público, há muito para fazer.
- da parte do Rio Ave ter o placard electronico ligado e um speaker de serviço seria dar mais dignidade aos jogos. Muitos jogadores não são conhecidos do público e o facto de a numeração das camisolas ser de 1 a 11 e sem nomes não ajuda quem está na bancada e, como eu, esperava outro tipo de informação.
- a FPF ou quem organiza a competição também precisa de melhorar. Não se percebe, por exemplo, como não há quarto árbitro.
Serão defeitos da juventude, espero que haja uma evolução na organização dos jogos.
O jogo: houve sempre mais Rio Ave desde o apito inicial. Adiantamo-nos cedo aos 11 minutos no marcador por Jaiminho num bom remate dentro da área após um canto, mas depois aos 20 permitimos que o Estoril marcasse e a qualidade do futebol baixou drasticamente. Até ao final da primeira parte não houve nada que nos despertasse na bancada. Foi muito diferente a segunda parte, com Vitó a dar-nos vantagem logo aos 5 minutos na marca de penalty na sequência de uma falta inquestionavel sobre Rafa. 15 minutos depois Rafa Rafa voltou a ser decisivo ao assistir Postiga para o 3-1. O Estoril reagiu, mas nunca foi ameaça real a um Rio Ave que ainda criou um punhado de oportunidades.
Eu estava curioso para ver a valia da equipa e que tipo de jogos seriam.estes da Liga Revelação. Não saí defraudado. Há jogadores que estarão mais abaixo em termos e desenvolvimento competitivo, mas também há outros para quem competir em jogos com um grau de exigência maior que nas camadas jovens pode fazer muito bem. De hoje agradaram-me ao ponto de merecerem destaque Rafa, Vitó e Tiago André.