A propósito destas palavras de Carlos Brito: «Temos muitos jogadores com características ofensivas e isso acaba por ter os devidos reflexos no campo, já que faltam referências defensivas. Vamos entrar agora numa fase em que é preciso começar a definir as competências, mas neste momento procuro distribuir oportunidades por todos os jogadores», é possível fazer deixar alguns comentários:
1) Já se sabe que Brito gosta de aproveitar a pré-época para dar oportunidades a todos e fazer todo o tipo de combinações. Mas isso tem um grande inconveniente: não se aposta num onze-tipo. No ano passado foi assim e não correu nal, mas quer-me parecer que este ano terá de ser diferente. No ano passado havia um onze-tipo muito mais evidente e agora Brito tem mesmo de fazer opções, sobretudo na baliza, no meio-campo e no ataque [um mês antes do campeonato começar previ este onze, que falhou num jogador; desta vez não me atrevo...].
2) Brito diz que temos muitos jogadores com características ofensivas mas deveria ter dito que temos em demasia. Faltam três semanas para começar o campeonato, começa a ser altura para 'definir as competências' mas também para clarificar quem fica e quem sai;
3) 'Faltam referências defensivas' significa que, nesta altura, com a lombalgia de Diogo, temos apenas dois centrais e André Dias como defesa-esquerdo [há, penso, uma lição a tirar deste caso de Roderick, venha ele ou não: ficar a contar com o ovo no cu da galinha, quando nem o ovo nem a galinha são nossos, é muito perigoso!]