(Marítimo); que fazer contra o azar

Foi azar.
Foi azar a bola na barra, foi azar os falhanços de Coentrão e Yazalde, foi azar a grande exibição de Marcos, foi azar a lesão de Pedro Moutinho.
Foi o melhor jogo que vi do Rio Ave, um jogo que nos daria esperança se o campeonato não estivesse na parte final (sim, estou um pouco desanimado).
O Rio Ave a jogar assim garantiria o seu lugar na primeira com tranquilidade - mas porque é que esta equipa não conseguiu fazer uma coisa parecida em Paços de Ferreira?
A primeira parte foi boa, a segunda muito boa. Podiamos ter ganho por 2 ou 3 - Carvalhal disse no final que o vencedor deveria ser o Rio Ave (que maior elogio poderíamos ouvir?).
Delson, para mim, foi o melhor em campo; à capacidade de lutar do costume, acrescentou qualidade e determinação. Também gostei de Sílvio (sim, só lesionado volta a sair da equipa), de Gaspar e de Moutinho (não entrou bem, mas deu finalmente bons sinais).
Para Brito nota quatro. Não se lhe pode apontar nada: eu poderia criticar a ausência de Vilas Boas (e isso estava notar-se na primeira parte, uma vez que o meio campo não tirava a bola ao Marítimo), mas se Delson foi o melhor em campo... Livramento não esteve bem? Não. Mas fomos nós que pedimos a sua entrada...
Candeias não rendeu? Não, mas Moutinho lesionou-se e a entrada foi normal. Tarantini também entrou bem. E que culpa tem Brito que a Evandro saia tudo mal (o golo do Marítimo nasce de um erro infantil de Evandro, que quer muito mas consegue cada vez menos). (só uma nota míster: está muito menos interventivo do que no passado, quase não se levanta; o que é que se passa? parece estar mais desanimado do que eu...)
Vamos, agora, esperar que a concorrência não se afaste muito; pode ser que o azar não continue.

PS1 - na primeira volta foi um empate com sabor a vitória (apesar da injustiça); ontem foi um empate com sabor a derrota
PS2 - como podem ler as minhas opiniões são em muitos aspectos diferentes das do Gil (com quem vi o jogo, lado a lado) e de alguns dos nossos leitores; cada um pensa pela sua cabeça, como é evidente.