5.2.20

"Vila do Conde e o Rio Ave" (o problema é ser mais Agonia do que Trofa Saúde...)

Todos os vilacondenses conhecem a história: Manuel Agonia construiu, com 80 milhões de euros, o maior e mais moderno hospital privado do país e sentou-se à espera dos clientes. Os clientes não apareceram, o negócio entrou em rotura e teve de o vender.
O que fez imediatamente o comprador: iniciou uma agressiva campanha de angariação de clientes (oferecendo literalmente consultas, incluindo de especialidade), colocou um autocarro gratuíto, criou uma aplicação para facilitar marcações, fez mais convenções, criou mais e melhor oferta (diversas especialidades), etc.

A comparação, parece-me, diz muito sobre o tal divórcio entre o Clube e o concelho de Vila do Conde.
Partilho de muitas das críticas que foram feitas, nestas semanas, e aqui republicadas, dirigidas a nós próprios. Podiamos e deviamos fazer mais.

Mas - por muito injusto que possa parecer - é ao Clube que compete chamar os adeptos e sócios, é o Clube que tem de ser o agente ativo desta relação. Enquanto não o for continuaremos como estamos. Os bons resultados são muito importantes, mas não são suficientes, como se percebe (veja-se, como mero exemplo, o que se passa com o Tirsense).

E - é a minha opinião - ao longo destes anos, a Direção não tem feito tudo o que pode e deve para chamar os adeptos. Ou seja, o Rio Ave tem sido muito mais Agonia do que Trofa Saúde!