4.2.18

A dimensão atlética

Continuo com  a 'voz embargada', depois da humilhação na Luz.
Não estamos habituados a isto e, com este treinador, pensava que tinhamos superado esse patamar.
Afinal, como se percebe, há ainda várias fragilidades.
Uma delas, levantada pelo nosso treinador no final do jogo, foi a dimensão atlética dos jogadores em campo. Ou seja, os do Benfica não são apenas melhores tecnicamente, são mais poderosos.
Não me lembro de ouvir este argumento na primeira divisão (que, levado ao extremo, desprestigia o nosso plantel), mas quase de certeza que é erro meu. [Pelé faz falta, mas não justifica o que aconteceu - vários golos de bola parada têm a ver com dimensão atlética?].
Outra das fragilidades - e nisto não tenho dúvidas de que Miguel Cardoso está errado - é a persistência, a qualquer custo, naquilo a que chama de congruência na identidade de jogo. Na segunda parte fomos completamente massacrados e não houve nada que o treinador fizesse para contrariar esse descalabro. (é como se dissesse aos jogadores: 'vão para o campo e morram em defesa da vossa identidade').
Já elogiei muitas vezes o treinador e não é este momento negativo que me faz alterar a análise. Mas neste ponto considero que está errado.
(Marcelo foi o menos mau. E ficamos com a garantia que o teremos a 100% nestes três meses, depois de uma semana negativa; foto: Rio Ave FC)