Primeiro Vítor Pinto, editor:
"A melhor notícia que emana do futebol de elevado quilate que o Rio Ave tem patenteado é que desapareceu do léxico de articulistas e comentadores uma desprezível expressão que chegou a ser moda em Portugal. Agora sim, a 1.ª Liga encontrou um novo ‘nivelamento por cima’ onde surgem equipas capazes de trabalhar tão bem ou, à sua escala, até melhor do que os grandes, oferecendo uma brisa refrescante ao futebol português. Outra nota de satisfação, os ‘velhos do Restelo’ deixaram de proclamar semanalmente que o nosso campeonato tem equipas a mais. É que exemplos como o do Rio Ave nunca são demasiados."
Depois António Magalhães, o diretor:
"É, enfim, um clube que ganhou raízes na Liga, subiu de estatuto e com ele aumentou a responsabilidade. Daí ter dado mais um passo na sua afirmação aproximando-se do ADN dos melhores: não basta ganhar, é preciso dar espetáculo. Não sei se a contratação de Miguel Cardoso obedeceu a esse requisito mas a verdade é que encaixou na perfeição. Cardoso não é um paraquedista. Tem uma carreira consolidada. Esteve no estrangeiro nas últimas cinco épocas (um ano no Corunha e quatro no Shakthar) e aproveitou a primeira grande oportunidade para se fazer notar apresentando uma proposta de jogo aliciante. Os princípios são de quem privilegia o futebol positivo, onde artistas como Rúben Ribeiro e Francisco Geraldes transportam o Rio Ave para outra dimensão. É um pequeno a pensar grande, como prova o facto de ter iniciado a construção da sua academia. Um exemplo!"