Arrisca-se a ser o tema mais comentado ao longo da época: a forma de jogar do Rio Ave.
Em nove jogos (8 para Liga) o Rio Ave nunca se 'desmontou' e no sábado, no final do jogo, Miguel Cardoso foi inequívoco: "Eu quero que isto fique bem claro: a minha equipa não vai abdicar da sua forma de jogar".
A este adepto em particular, as palavras de MC não o deixam tranquilo.
Aqui fica uma lista dos 'problemas' que identifico:
- o jogo, sobretudo ofensivo, depende muito (demasiado?) dos dois laterais, que aos 60 minutos já estão - compreensivelmente - esgotados;
- mesmo a perder, MC nunca abdica de um dos dois médios de cobertura;
- o ponta de lança é a posição menos valorizada do onze, a bola raramente chega lá;
- se os laterais são o pulmão da equipa, os três médios criativos são o coração e o cérebro. Representam mais de 70 por cento do nosso jogo atacante e da posse de bola (é uma estimativa minha);
- no banco de suplentes e no plantel não há elementos de ataque para desamarrar o jogo adversário ou tentar dar a volta a resultados desvaforáveis (no sábado, havia Nuno Santos, o único extremo no plantel - para mim uma lacuna)
- para não 'desmontar' o sistema, MC faz quase sempre trocas diretas quando se trata de substituições;
(míster, espero que os próximos jogos me tranquilizem!)