Equipas do Rio Ave a jogar na Póvoa "envergonham Vila do Conde"

Na sequência do que aqui contámos, sobre haver equipas do Rio Ave a jogar em Argivai, o PSD tomou posição na última reunião de Câmara, com este texto que nos fizeram chegar (os pequenos cortes devem-se apenas a razões de espaço):

" (...)Tentando perceber o que motivaria tão estranha e inusitada decisão, apuramos que tal se ficou a dever à falta de campos de futebol relvados no concelho de Vila do Conde que, dispondo das medidas oficiais para a prática do futebol, estivessem disponíveis para ser utilizados pelo Rio Ave FC.

Esta triste situação envergonha Vila do Conde, pois vem colocar a nu a péssima gestão da autarquia em termos de infra-estruturas desportivas no nosso concelho. Neste caso, a carência é ao nível de campos de futebol com medidas para a prática oficial deste desporto, mas poderíamos falar de situações idênticas ao nível dos pavilhões desportivos, de piscinas, em que os atletas de alto rendimento precisam de treinar fora de Vila do Conde ou mesmo de áreas onde a aposta em infra-estruturas é zero, como é o caso do atletismo, em que não temos nenhuma pista própria para o efeito.

(...) No caso dos campos de futebol, é lamentável que se vá investir tanto dinheiro em colocar tapetes de relva sintética em campos que não dispõe das medidas oficiais para a prática do futebol. Que futuro e que perspectivas de desenvolvimento trazem esses equipamentos? No caso dos ringues, a solução também é de vistas muito curtas, pois irão criar-se equipamentos com péssimas condições térmicas (muito calor no verão e muito frio no inverno), com medidas muito reduzidas e impeditivas da prática oficiai de muitos desportos de pavilhão. Acresce ainda que em alguns locais do concelho esses “novos pavilhões” ficarão urbanisticamente mal enquadrados, pois é muito diferente o impacto urbanístico de um ringue e o de um pavilhão.

Face ao exposto, lavramos uma forte censura à política de infra-estruturas seguida pela Câmara Municipal de Vila do Conde ao longo dos últimos anos, a qual levou o concelho à “humilhação” de ver equipas do mais representativo clube a terem de jogar fora de Vila do Conde e à estratégia que está em curso, pois prepara-se para realizar investimentos de “vistas-curtas” que, para além de não responderem às necessidades actuais, nem sequer perspectivam o futuro".