No lançamento do jogo Manuel Machado dizia que o Rio Ave não joga um futebol entusiasmante, mas que tem sido pragmático na hora de decidir os jogos e que é isso que conta. E em casa até perdemos o jogo em que jogámos melhor, única derrota da temporada, e vencemos todos os outros por 1-0. No final Machado mostrou desagrado pelo resultado porque o Rio Ave mais uma vez não foi brilhante mas somou de novo os 3 pontos. Eu concordo com o treinador do Nacional. Nós este ano ainda só vencemos dentro das 4 linhas, vitórias morais não temos nenhuma, nem nesse jogo perdido com o Sporting.
Hoje tivemos uma primeira parte de bocejos e calafrios. A equipa dividia-se em duas linhas de 5, uns defendiam enquanto os outros atacavam, uns falavam chinês e os outros islandês e não se entendiam. O Nacional fazia o seu jogo de forma colectiva e mandava nas operações. Nós tínhamos 4 individualidades que se destacavam: Cássio sempre bem na baliza, Marcelo sempre bem no desarme, Wakaso igual a si mesmo e Marvin a procurar dinamizar o ataque como solista porque depois a orquestra parava para o ouvir tocar. Com o intervalo passado parecia que os cigarros de mais de meio maço não me iam chegar pra enganar o aborrecimento. Depois Pedro Martins fez-nos a vontade e descansou Ukra. Ukra precisa mesmo de descanso, não nas pernas, mas de espírito. O nosso Rei esteve... noutro sítio qualquer.
Kayembé foi o agitador certo: chegou, baralhou e deu a Marvin o ás que o holandês jogou na perfeição para ganharmos o jogo. Mais que qualquer um Marvin mereceu o golo. Espero que quem cozinhe para ele lhe tenha dado um jantar melhorado e substancial porque o rapaz acabou o jogo estourado das pernas e das costas de tanto carregar a equipa. Depois do golo melhorámos um pedaço e o Nacional durante 10 minutos sumiu-se. Quando voltou não trouxe roupa nova, mas estava de novo no controlo do jogo. Golos não foi capaz de fazer.
Vamos bem lançados para a próxima jornada na Madeira. Só falta saber se vamos conseguir lá jogar.