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O que mudou, a partir desta época, na organização das equipas de
formação?
«Em
primeiro lugar, eu não entrei como coordenador da formação apenas
este ano, já exerço desde de a época 2008/2009, mais concretamente
há 5 anos. Consequente a este fator, nada mudou. É sim, um trabalho
que irá ter os seus frutos a médio/longo prazo. Para se compreender
bem toda a dinâmica deste projeto, em que no fundo, sou a cara do
mesmo, é importante dar a perceber toda a sua organização. Quando
assumi o departamento técnico da formação, analisei e observei que
algo de errado se passava, ou seja, tínhamos muitas equipas nos
escalões mais altos (consequentemente mais jogadores nesses
escalões) e poucas equipas nos escalões de base. Mudar este cenário
foi o meu primeiro passo. Em função dessa análise, juntamente com
a direção do Rio Ave, criamos até hoje mais quatro equipas nos
escalões com menor idade (Sub-10, Sub-11 A e B, Sub-12), no próximo
ano vou querer mais uma equipa de sub-12 (já falei com o nosso
Presidente e com o Vice-Presidente da formação José António) para
que quando o Futebol 7 terminar exista aí um leque maior de seleção
para o futebol de 11.
Depois, o nosso trabalho incide em preparar plantéis desde os 9 anos, onde
um grande número de atletas transitam de ano para ano até chegarem
ao escalão júnior com 9,10,11 anos de formação dada pelo Rio Ave,
o que só por si é meio caminho andado para o sucesso. Acredito
convictamente nesta forma de pensar e organizar a nossa formação.
Em função da anterior organização técnica, neste momento, temos
de constituir planteis quase do zero, já que a qualidade desejada
não é a melhor. Este trabalho, a médio prazo, irá permitir que a
maior parte do trabalho que hoje faço, desapareça, já que
iremos ter plantéis mais equilibrados e com bastante mais qualidade,
o que nos levará a mexer nos mesmos de uma forma esporádica, muito
mais específica e objetiva.
Não
posso deixar passar a oportunidade de agradecer ao nosso Presidente
António Campos por acreditar na minha visão, comungando da mesma,
pois nunca colocou qualquer entrave às minhas ideias e os resultados
estão à vista. Acreditar esse que possibilitou que este projeto
tivesse e tenha pernas para ir longe e tornar o Rio Ave um clube
melhor.
Posso
adiantar desde já, que queremos mais e melhor, queremos mais
competência, mais qualidade e obrigatoriamente mais
responsabilidade, trabalhando de uma forma diferente. Dinamizando e
potencializando uma Academia Rio Ave. Se hoje, o Rio Ave é
respeitado e procurado na formação a nível Nacional, com este
projeto que pretendemos implementar irá ser a nível internacional.
O objeto principal do projeto é obviamente o atleta, mas num
processo de otimização e potencialização especifica do mesmo.
Terão notícias em breve»
(amanhã teremos mais uma resposta)