Passado, presente e futuro

Concordo que se recorde a época passada. Para aprender. Aprende-se por imitação e repetição e aprende-se não imitando nem repetindo erros do passado. E o exemplo da época passada é para não repetir. Tal como, refere o JPMeneses, eu também ainda não entendi o que aconteceu no final da época passada, já ouvi várias teorias, mas como não sei exactamente o que se passa no interior do balneário, só posso opinar sobre o que vejo.

Não vi o Rio Ave com capacidade sufuciente no final da época para subir. Não achei em nenhum momento que factores exteriores ao jogo jogado nos tenham impedido de subir. Achei que foi o Rio Ave que falhou e mais ninguém. Jogadores ou equipa técnica, ou jogadores e equipa técnica em conjunto. E a Direcção julga o trabalho e age em conformidade com o que acha que é o melhor para o clube. Achou a Direcção que Eusébio devia continuar e deixou sair quem achou que não faria falta, ou quem teve de vender para debelar fragilidades de tesouraria.

Por isso acho que não é sério agora falar-se em factores externos para justificar o falhanço do passado. Na época passada, ninguém com responsabilidades no clube se queixou. Este ano o presidente já o fez. E por tê-lo feito, também podemos especular e inventar novas teorias: como querer-se passar a imagem que o Rio Ave foi injustiçado no passado e agora deve ser 'ajudado' por esses factores externos que nos teriam impedido de subir. E provavelmente o Gil Vicente, sendo-lhe reconhecida razão no caso Mateus, irá fazer o mesmo.

Mais do que esperar pelos sapatos do defunto, aprenda-se a lição. No ano passado, após a jornada 24 começou o descalabro. Também éramos primeiros e tinhamos 8 pontos de vantagem sobre o 3º classificado. Eusébio já passou por isto. Que a lição lhe tenha valido.

Apesar de apreciá-lo, não quero que o próximo treinador do Rio Ave seja Carlos Brito. Com o Rio Ave ainda na 2ª...