16ª j - Gondomar - Injusto

O Gondomar com a postura de contra-ataque da segunda parte até podia ter ganho o jogo, mas se já o empate foi injusto, esse resultado sê-lo-ia ainda mais. A eficácia dos gondomarenses foi tremenda, Bruno Severino deve ter marcado dois golos em dois remates...

No Rio Ave, regresso ao 4-4-2, domínio e controlo do jogo na primeira parte, um merecido 1-0 ao intervalo. Na segunda parte, aproveitando as fragilidades físicas dos nossos jogadores, os de Gondomar marcam duas vezes, jogando em contra-ataque. Fragilidade física foi mesmo o que fez a diferença (fazendo fé no que disse Eusébio na conferência de imprensa): Milhazes doente, Serrão doente, Niquinha doente. E na verdade esse factor justifica, pelo menos no que a Milhazes diz respeito, uma tarde menos boa.

No geral o Rio Ave não me desagradou. Vi toda a gente à procura da vitória, concentrada, com vontade, com empenho, com insistência. Marcámos duas vezes de penalty, bem assinalados na minha opinião, e isso é um reflexo do que foi o nosso jogo, sempre sobre o adversário. Às vezes faltou engenho, mas gostei da atitude geral.

Temos muita gente lesionada ou debilitada. Isso é preocupante, mas a pausa para a Taça deve ajudar.

As notas
Gostei do empenho geral e é-me difícil realçar um em particular. Voto em Ronaldo para o melhor em campo, por ter ganho o 1º penalty, por ter estado sempre à procura da bola e, menos importante mas também significativo, por ter sofrido imensas faltas durante o jogo.
Destaco as prestações de André Vilas Boas, Niquinha e Evandro.

O treinador
Eusébio leva 3. Fez a omelete que pôde com tão poucos jogadores disponíveis (só 17). E mesmo assim com alguns debilitados. Faltou-lhe esgotar uma substituição, mas entendo que não fosse de encontro ao que o quereria para o final do encontro.

Nota final: ouvi pela Linear a conferência de imprensa. Um jornalista abordou com o treinador a questão das dificuldades financeiras. Eusébio escudou-se no facto de ser treinador e de não querer falar no assunto,mas foi adiantando que sendo um homem conhecedor do clube, este nada fica a dever a ninguém. Mostra confiança nos dirigentes. Também durante a semana o capitão Niquinha afirmara que confiava nos dirigentes e que já tinha vivido piores situações no clube. Confesso que gostei de ouvir estas palavras. Em plena tempestade ter os dois homens do leme do futebol jogado a manifestarem confiança no futuro, na minha opinião vem trazer alguma serenidade. Nota 5 para ambos.