9.10.10

Da entrevista de HM: sim ou não a um director desportivo - ACT

A resposta de Henrique Maia à pergunta se o Rio Ave deve ter um director desportivo a tempo inteiro surpreendeu-me. O nosso ex-vice-presidente é contra. Tanto quanto percebi por duas razões: porque isso esvaziaria o lugar de vice-presidente para o futebol e também por questões económicas (mais um salário, embora aqui não tenha ficado tão claro o argumento). Henrique Maia entende que quem aceita um lugar, por exemplo de vice-presidente para o futebol, é para se envolver, é para dar ao clube, é para trabalhar pelo Rio Ave (como ele fez).
O problema - digo eu - é que não haverá muito mais pessoas com o perfil de Henrique Maia. E uma equipa como o Rio Ave, cem por cento profissional, envolvida em várias competições, não se compadece com amadorismos ou 'jeitinhos'.
Sinceramente não sei como ASC encontrará um vice-presidente com as mesmas características. E por isso compreendo perfeitamente que procure um director-desportivo para o clube.

(Henrique Maia confirmou que não gostou de saber da abordagem de ASC a Luís Freitas Lobo, para avaliar da eventual disponibilidade do jornalista para ocupar esse lugar; como escrevi, compreendendo que Henrique não gostasse da forma como as coisas foram feitas , é perfeitamente legítimo que ASC esteja a preparar a próxima lista).


PS - sobre a entrevista: serena, sensata, sem querer criar polémicas, na maior parte dos casos esclarecedora.

ACT:
Gil, o meu comentário: concordo com o João Paulo. Se ASC tinha algum receio da entrevista do Henrique Maia, devia ter ouvido para ficar esclarecido e para entender que apesar dos conhecidos diferentes pontos de vista relativamente a algumas questões, Henrique Maia foi seu aliado e claramente uma mais-valia da sua Direcção. Henrique foi muito diplomata e pacificador. Deixa um imenso vazio. Não concordando com o papel de director desportivo a tempo inteiro de certa forma é incoerente. Ele mais que ninguém sabe o que custou desempenhar o papel que teve e por isso mesmo justifica-se o lugar. O homem perfeito para a posição era ele mesmo.