Taça da Liga: vitória robusta por 3-0 sobre o Académico de Viseu

O jogo até começou a prometer muito equilíbrio. O Académico apresentou-se rápido nas transições e por várias vezes a aparecer muito perto da nossa área. Chegou mesmo a meter a bola na nossa baliza, mas não contou. Percebia-se que estavam motivados e com um plano claro para tentar aproveitar os nossos laterais mais subidos e a menor velocidade dos centrais. O melhor Académico esfumou-se, porém, com a expulsão por duplo amarelo de um dos seus médios. O Rio Ave que já tinha visto Ruiz esbarrar uma cabeçada no poste cresceu mais e Costinha não tardou a fazer 1-0 numa bela cabeçada dentro da área.

Mesmo com mais 1 em campo e já a vencer Luís Freire não abdicou nunca do esquema de 3 centrais. Foi trocando jogadores, mas nunca mudou de esquema. Ou seja, ou não tem ensaiado ou não quis experimentar um plano B, nem mesmo num jogo de uma competição que sendo oficial não é a prioridade da equipa.

A segunda parte trouxe o mesmo jogo que chegou ao intervalo. Rio Ave dominante, Académico muito menos atrevido. Ainda assim, os viseense tiverem uma bela oportunidade de fazer um golo já depois de Pantalon, quase sem querer ter feito o 2-0. O marcador encerrou em 3-0 de novo com uma bela cabeçada de Costinha.

É sobre Costinha a minha nota final: agradeço aos céus a cegueira dos dirigentes dos clubes endinheirados. Dá-me vontade de rir quando vejo clubes nacionais de outras dimensões à procura de laterais direitos no estrangeiro sem nunca considerarem o nosso Costinha. Rio e agradeço porque nos faz muita falta e faz toda a diferença. Costinha não será o melhor lateral português da actualidade mas é claramente o melhor lateral direito a jogar em Portugal. Se jogasse no estrangeiro valia 20 milhões facilmente para qualquer estarola nacional. Não sei se o rapaz não tem bom empresário que o promova, mas também me custa a perceber porque não tem boa imprensa. Mas ainda bem que assim é. Costinha é o maior!