Gostava de refletir sobre aquilo que à partida pode parecer uma contradição e cuja explicação - a confirmar-se - me assusta como Rioavista:
Embora continuemos sem saber a dimensão do passivo, a Presidente já nos disse que é muito elevado e, a confirmarem-se os valores que têm surgido, será o mais elevado de sempre.
Dito por outras palavras, o Rio Ave nunca deveu tanto dinheiro e, por isso, nunca esteva numa situação financeira tão má.
Mas ao olhar para o programa de candidatura, eis o que vemos: "Requalificação integral do nosso Estádio de Futebol. Mais que reconstruir a bancada, é preciso concretizar um projeto para um estádio moderno e acolhedor" ou "o Rio Ave precisa de um pavilhão gimnodesportivo. O Rio Ave necessita de uma residência para atletas".Pessoalmente duvido que o Rio Ave precise de um pavilhão, com um municipal ao lado, que ficará muito mais disponível com a inauguração do Centro Comunitário das Caxinas, mas é a tal aparente contradição que me angustia: é quanto estamos mal financeiramente que vamos investir como nunca?
A explicação estará certamente na SAD. O investidor estará disponível para investir muitos milhões (se os sócios concordarem com "o novo modelo de gestão", as "obras da bancada podem começar em breve", disse a Presidente na apresentação da sua candidatura).
Mas, como sabemos, não há almoços grátis.
O meu receio? Quanto mais dinheiro o investidor (vier a) meter no Rio Ave mais dependentes ficaremos. Espero estar enganado.
PS - sempre fui contra uma SAD em que o Clube não tenha maioria. Quando, há 3 anos, decidi apoiar e ser o mandatário de António Silva Campos essa era para mim uma condição. Nada se alterou.