29.5.23

Fim de ciclo anunciado por António da Silva Campos: vamos ter eleições antecipadas.

É um ASC de semblante carregado e com a voz a tentar disfarçar alguma emoção o que se apresenta na comunicação que encontramos no site do Rio Ave.

O Presidente da Direcção não será candidato a nova liderança e invoca motivos pessoais (saúde debilitada) para encerrar seu ciclo de 15 anos à frente do nosso Clube. Vai iniciar-se um processo que resultará em eleições antecipadas de forma a que seja já uma nova Direcção a iniciar a temporada de 2023/2024.

É uma decisão que faz sentido. Vamos agora ver se as notícias que apontam a mais que uma lista de candidatos se irá confirmar. 

ASC foi o melhor presidente do Rio Ave, o que maior sucesso desportivo alcançou à frente dos destinos do clube. O seu lugar na história do clube é escrito maioritariamente em páginas douradas. O clube cresceu como nunca antes e só lhe ficou a faltar a conquista de um troféu. Não foi uma liderança perfeita, mas goste-se ou não do estilo, goste-se ou não de muitas das decisões das direcções lideradas por ele, o Rio Ave que deixa  para quem vier a liderar o clube, é um Rio Ave incomparavelmente melhor e maior do que aquele que encontrou. Como sócio agradeço-lhe o que por nós fez. 

26.5.23

34 j - Famalicão: empate a 2 não dá pra grandes festas.

Fim de época com um jogo a puxar ao fraco, mas pelo menos entretido. A equipa que Luís Freire escolheu para começar o jogo tinha várias mudanças, como o regresso de Jhonatan, a ausência de Costinha a opção por Ventura. O início foi mau com muitas falhas defensivas que nos levavam a já perder por 0-2 com 12 minutos, golos sofridos no espaço de 2 minutos. O Famalicão quando chegava à nossa baliza marcava e já parecia o jogo da segunda volta no Bessa. A expulsão de um famalicense à meia hora fazia antever uma mudança vincada na forma como o jogo iria decorrer, mas demorou até o Rio Ave encontrar o fundo da baliza adversária. Tivemos de esperar pela segunda parte e por substituições para Boateng marcar com assistência de Sávio. 12 minutos depois Ruiz empatava. 2 minutos passados penalty assinalado sobre Baeza que o VAR haveria de desfazer.

O jogo acabou por valer alguma coisa pela emoção que a busca de recuperar o resultado trouxe. Não foi bem jogado, mas manteve toda a gente na cadeira até ao apito final. Não deu pra muita festa, salvou-se um ponto. Falta saber qual o nosso lugar definitivo na classificação. 
A época acabou e o objectivo principal foi cumprido. A equipa perdeu acutilância e algum rasgo quando se sentiu segura. Não sei se terá sentido que tinha atingido o seu limite e já não dava pra mais ou se foi outro motivo qualquer. O que fez foi suficiente para não nos deixar aflitos. Na minha opinião acabou por fazer uma época melhor do eu esperava. Sim, houve equipas que estiveram muito mal este ano, mas isso não é problema nosso. O nosso era conseguir somar pontos suficientes para continuar na primeira liga em 2023/2024. Foi conseguido, parabéns a todos os que contribuíram para isso. 

21.5.23

Paços de Ferreira, 33j: A falta de mentalidade certa para competir.

No final do jogo Luís Freire dizia que a equipa tinha feito uma época boa e que isso agora fazia com que às vezes faltasse a mentalidade certa para competir. Acho que isso se tem notado a espaços. Não foi só hoje em Paços, tem sido nos últimos jogos depois de conquistada a permanência. Não é falta de atitude ou de comprometimento, não é desleixo, é relaxamento de quem no seu íntimo sente que já cortou a meta. Senti Freire incomodado com isso e isso deixou-me satisfeito.

Sobre o jogo: acho o resultado exagerado. Começámos a sofrer logo no primeiro minuto, mas ao terceiro já empatávamos por Patrick William. 1-1 ao intervalo, mas a segunda parte foi madrasta. Não nos faltaram oportunidades para marcar, faltou melhor pontaria. A defender estivemos desconcentrados e pouco organizados e o Paços capitalizou, com sorte à mistura, e acabou para nos vencer. Freire ainda lançou o júnior Jorge Karze que até atirou à trave de livre. Na baliza a aposta voltou a ser em Magrão.

Falta o jogo em casa com o Famalicão para encerrar as contas deste 2022/2023. Uma vitória na despedida é o que espero. 

14.5.23

32j Guimarães - derrota a favor do vento - Actualizado

Derrota por 0-1, golo sofrido na segunda parte aos 55 minutos, na sequência de um canto quando jogávamos a favor do vento.
De forma simples e rápida: primeira parte interessante de ambas as partes, nós contra o vento a jogar bem e o Guimarães a não conseguir aproveitar o forte vento a favor. Segunda parte fraca de ambas as partes, futebol medíocre, sem oportunidades, mas em que o Guimarães marcou num canto. A partir daí nada de interesse: nós com domininio mas sem criar perigo e o Vitória muito defensivo e a não ameaçar nem em contra-ataque. Faz-me confusão treinarmos todos os dias naquele estádio, esta semana até sempre com vento forte e não conseguirmos aproveitar esse factor. 

Vitória de quem foi eficaz. 

Actualizado: Por esquecimento não dei nota da estreia de Magrão a titular na nossa baliza. Nada a apontar, exibição segura e nada que pudesse fazer no golo que sofremos. 

7.5.23

31j Marítimo, empate preguiçoso a 2

Empate lisonjeiro para nós. O Marítimo esteve sempre por cima, sempre com mais oportunidades e com muito mais vontade de ganhar o jogo. Nós fomos de uma incrível eficácia ao chegarmos ao 0-2, mas esse cinismo na forma como ganhámos vantagem esfumiu-se nesses 2 minutos em que Hernâni e Ruiz nos deram vantagem. Os madeirenses tinham que fazer pela vida, fizeram o que estava ao seu alcance, mas não foram tão felizes como nós a finalizar. Se ainda havia alguma secreta esperança de chegarmos ao sexto lugar acho que hoje nos divorciamos quase em definitivo dessa possibilidade. Sendo certo que era de esperar esta atitude deste Marítimo muito precisado de pontos, acho que tínhamos de fazer mais, fomos muito acomodados, independentemente de classificação, pontuação ou objectivos que possam ainda estar no horizonte.