8.3.21

Pequenas notas sobre a vitória de ontem

 - Costinha voltou a ser titular e cumpriu. Não é Ivo Pinto, não tem a mesma desenvoltura, a mesma capacidade de decisão e a mesma projecção ofensiva que o habitual titular, mas o caminho faz-se caminhando e é com tempo de jogo que se adquirem e amadurecem algumas capacidades. Costinha tem tudo para dar certo, espero que consiga o tempo de utilização que precisa e que tenha ambição qb sem nunca perder o norte. Será fácil envaidecer com elogios, não será fácil conviver com duras críticas e comparações quando as coisas lhe correrem menos bem. 

- Enquanto via o jogo fiquei com a sensação que Filipe Augusto sofreu mais faltas do que aquelas que fez. Consultando estatísticas vi que não foi assim, fez e sofreu o mesmo número de faltas, 4. 


fonte: Sofascore

Achei o jogador mais tranquilo que o costume, tão interventivo como sempre, mas mais ponderado. Gostei. Filipe Augusto é dos nossos melhores jogadores, quando está em boa forma faz muita diferença e espero que esses momentos voltem depressa.

- Sávio: veni, vidi, vici. Substituído de novo, porque as pernas estão pesadas pela muita competição que trouxe do Brasil, mas é reforço e dono absoluto do lugar. Quando Coentrão regressar vai ter muito que lutar para ganhar o lugar ou então vai voltar às origens e jogar mais adiantado.

- O Rio Ave acabou a jogar com 3 centrais, 2 laterais, 4 médios centro e um avançado. Confesso que quando vi as entradas de Tara e Monte fiquei surpreso. Esperava que com o jogo mais que controlado o treinador apostasse em Anderson ou Meshino para fazer companhia a Ronan. Não sei porque não o fez. Acredito que a sua personalidade controladora se tenha projectado no encontro: os 3 pontos estariam conquistados e importante era conter algum impulso final atacante do adversário. Não sei se foi isto ou não, foi o que me ocorreu. O que quer que tenha sido não gostei. Parecia que estávamos a defender com 10 atrás da linha da bola, em casa contra um adversário que não causou assim tantos problemas. Mas toma as decisões quem pode, no final contam os pontos e esses não falharam.