9.11.18

A Década de ASC

Imagem RAFC
António da Silva Campos (ASC) gere o Rio Ave FC há uma década.
Este facto, por si só, merece ser enaltecido.
Foram dez anos de crescimento a vários níveis: desportivo (aumento de equipas em competição e boas classificações), em infraestruturas (aquisição da sede, aumento de campos de futebol - relvado natural e sintéticos, autocarro e melhoramento no estádio), em pessoal administrativo.
ASC teve a arte de conduzir o Rio Ave para patamares elevados. Ano após ano o Rio Ave vai obtendo excelentes resultados desportivos, permitindo o acesso a competições europeias (onde se deram os primeiros passos, com as naturais fragilidades de quem inicia uma nova caminhada).
A par deste crescimento é-nos dito que a situação financeira do Rio Ave FC e da SDUQ é invejável, essencialmente fruto das transferências de atletas e de um novo contrato dos direitos televisivos.
O calcanhar de Aquiles de ASC é por um lado o pouco aproveitamento de atletas oriundos da formação e, por outro lado o distanciamento dos sócios.  
O investimento na formação não tem trazido mais valias significativas para o futebol profissional. O que poderá levar ao afastamento para outras paragens de jovens com valor.
Quanto ao afastamento dos sócios não se compreende, se os resultados desportivos são bons, se o futebol praticado é agradável, porque é que não comparecem aos jogos (se há mais de 5.000 sócios, como se compreende que nos jogos aparecem cerca de 2.000?)
A "nebulosa" do magistério de ASC é o pouco conhecimento que é dado aos sócios das contas da SDUQ. Época após época tem apresentado lucros (curiosamente na época finda terá dado prejuízo), mas analisadas as prestações de contas que são registadas na Conservatória do Registo Comercial a rubrica do passivo tem vindo a aumentar.
António da Silva Campos será um dos presidentes que ficará na memória do Rio Ave FC.