17.4.18

30j - Tondela: não gostei nada do que vi

Há mais no jogo de ontem do que apenas o "Caso Guedes". Mas que o que aconteceu com o jogador parte o jogo em dois e marca em cicatrizes bem fundas o jogo. Mas a este assunto voltarei noutro texto.

Ontem havia tudo para ganhar. Começámos bem, fomos dominando um Tondela pouco mais que inofensivo. Chegámos à vantagem com merecimento porque era isso que o jogo transmitia: havia posse de bola, havia domínio sobre o jogo, estávamos por cima dos acontecimentos. Há penalty a nosso favor, Guedes não converte e é substituído pouco depois. O rio estagnou, deixou de haver corrente e as águas não foram mais oxigenadas. Um rio que não corre é um rio morto. O intervalo só trouxe más notícias. Até começamos bem, mas o Tondela foi tomando conta do jogo ao pouco. O Rio Ave deixou de ter presença vincada junto da área contrária e nós fomos sendo surpreendidos aos poucos. A defesa foi ficando cada vez mais exposta pela velocidade do adversário que explorou a subida dos nossos laterais e há penalty contra nós. Golo. A nossa reacção foi ténue e algo atabalhoada. Já o Tondela não marcou porque Cássio encheu a baliza. E por falar em Cássio, foi o jogador mais decisivo ontem.

Não percebo como não fomos capazes de ganhar. Ou melhor, percebo, mas custa-me que não tivéssemos dado o salto que era preciso para deixarmos o Marítimo a 2 pontos de nós. E também me custa ler as palavras do treinador quando diz que não ganhámos porque abandonámos o nosso plano de jogo. Começa a ser difícil de lidar com este discurso. Só temos um plano? Somos autómatos que não conseguimos criar algo de novo nem que seja um desenrasque para dar a volta a algo que não está a correr bem?