O Rio Ave gastou cerca de 100 mil euros com a formação no último mandato de Paulo de Carvalho (07/08).
Com a chegada de António Silva Campos à Direção do Clube passou a haver um maior investimento (alguns exemplos tirados dos relatórios):
2011/12: 205 mil euros;
2012/13: 243 mil euros;
2013/14: 165 mil euros;
Desde que há SDUQ a informação específica deixou de estar disponível, mas estou convencido que não andaremos muito longe da verdade se se concluir que a formação custa ao Clube, em média, 200 mil euros por época. 200 mil euros vezes 8 épocas dá, arredondando por baixo, 1,5 milhões (para evitar polémica: entre 1 milhão e 1,5 milhões).
Muito? Pouco?
Depende da perspetiva.
O Rio Ave é hoje o Clube mais apetecível para todos aqueles que não conseguem entrar no FC Porto (e sabemos como Boavista e Leixões, ou mesmo o Varzim disputavam esse lugar).
A quantidade de jovens e de equipas que o Rio Ave hoje tem também merece nota positiva.
Finalmente, os resultados desportivos, de top, influenciam a análise positivamente.
Mas, do outro lado, este valor em 8 épocas é muito se compararmos com a rentabilidade, com o retorno.
Quantos jovens da formação se afirmaram na primeira equipa nestas 8 épocas? Hassan.
Quantos, mesmo sem se afirmarem, tiveram oportunidades? Boateng, Monte, André Dias e Abalo? (vamos excluir alguns casos diferentes, como Vítor Gomes,
Hassan é, assim, o jogador mais caro da história do Rio Ave!
O meu balanço não é positivo, portanto. O aproveitamento dos nossos jogadores é mínimo (e já não falo, sequer, dos de Vila do Conde - a equipa de juniores tem Carlos Alves no onze).
Porque falo disto agora? Com a chegada do dinheiro dos contratos televisivos na próxima época, haverá mais verbas para ir ao Brasil ou à Sérvia. E ainda menos oportunidades para os talentos da nossa formação.