Depois deste texto, tomei a iniciativa de desafiar Raul Moreira a responder.
O nosso treinador optou por me remeter para a entrevista que nos deu em Novembro, porque, diz, se mantém perfeitamente actual.
Recordo algumas passagens:
-sincera e friamente, penso que muito teremos que trabalhar e sofrer para, até ao fim do campeonato, não sairmos desta posição. De uma coisa tenho a certeza, para nos destronarem têm que trabalhar muito, pois jamais “entregaremos” algum jogo de mão beijada;
- preciso ter os pés bem assentes na terra e noção da realidade na qual estamos inseridos. Sabemos que temos um grupo, embora reduzido, de muita qualidade e experiência que nos pode dar muitas alegrias. Sabemos também que a época é longa e há factores aleatórios ( castigos, e principalmente, lesões) que podem pôr em causa muita coisa.
- Comigo não há nem haverá nunca obsessão pela subida, a acontecer será naturalmente e fruto do nosso trabalho
- A obsessão da subida sempre cegou e cega muita gente.
(durante a nossa conversa, extremamente cordial e afável, percebi alguma mágoa por parte do Raul relativamente ao que escrevi; eu, no lugar dele, pensaria provavelmente o mesmo, mas o adepto, que vai de cachecol para a Póvoa e volta de lá eliminado, pensa assim - sobretudo a quente, como é característica da escrita num blogue!)