Sobre o jogo: se era de temer a chuva e o vento, não foram factores que tenham impedido as duas equipas de jogar. Condicionou, mas não impediu. Houve oportunidades de golo, houve bola no chão sem parar ou ganhar demasiada velocidade na relva molhada. A minha primeira tristeza da tarde veio com o onze inicial, demasiado "trincado" com Chaves e China lado a lado e o bombeiro Tarantini a completar o trio de meio-campo. Jeferson regressou, Wires foi para a direita, Gama estava à esquerda no ataque e Yazalde à esquerda direita. Que mensagem pretendia Brito passar? Que era um meio-campo forte que não ia deixar o Marítimo jogar? Que ia ter três homens agressivos na disputa da posse de bola? Se era isso falhou. O que deu para ver foi uma equipa muito dominada pela ansiedade, quase com medo de atacar, estática, triste. E no entanto, até tivemos suficientes oportunidades. João Tomás também tem direito aos seus dias menos felizes. E quando assim é, a dependência da sua capacidade de fazer a diferença dói como se fosse uma ferida aberta.
(Foto AVL)
Eu sinto-me triste. E sei que os jogadores também estão. O jogo com o Nacional foi cruel, mas deviam pegar no video e vê-lo: jogámos bem, tivemos atitude, tivemos vontade. Tudo ao contrário de hoje. Pegar no que de bem se fez nesse jogo e reconstruir essa ilusão é preciso com urgência.
Deu 1 a Brito. 3 pontos em 21 possíveis é muito mau.