Não serei o único rioavista que já se interrogou sobre o 'destino' de Fábio Faria. O mesmo Fábio Faria que esta época tem mostrado uma qualidade impressionante no desarme dos adversários, uma confiança inexcedível na colocação da bola e até marca golos de livre directo é o mesmo que raramente era convocado na época passada. Dir-se-ia: mudou o treinador e tudo mudou para Faria. Negativo, como se sabe. Brito pura e simplesmente não contou com ele, mesmo quando Edson não estava disponível (avançou Bruno Mendes).
Pressionada pela necessidade de vender o jogador, a Direcção 'convenceu' Brito a apostar em Faria. E, assim, surgiu a oportunidade. E assim se fez um grande jogador, que está a surpreender tudo e todos.
Mas não é difícil imaginar que a fronteira entre o sucesso e a frustração é muito pequena.
Veja-se, ao contrário, o caso de Tiago Terroso [e falo mais uma vez no Tiago porque continuo a pensar que é um jogador muito talentoso]: não apostaram nele e o tempo vai passando. O Tiago, como muitos tiagos deste futebol, corre o risco de ser dispensado e de acabar na segunda divisão (há excepções, mas voltar à ribalta será muito mais difícil). Não é tanto uma questão de qualidade mas de sorte ou azar. Ou, para quem acredita, de destino!