18ªj - Porto - Assustar

Estivemos meio jogo condicionados pelo poder do adversário. A defesa parecia com medo de ir ao choque (com alguma razão, não?) e lenta a tirar a bola da sua zona de acção, o meio-campo estava pouco esclarecido (Livramento não desequilibrou no passe nem na condução de bola mas gostei da aposta na sua presença) e o ataque inconsequente. E o Porto não ficou à espera, avançou, adivinhava-se que se ia marcar a qualquer instante, justificou a vantagem e chegou ao intervalo a ganhar sem surpresa.

Depois Carlos Brito retirou Evandro, que deve ter feito o último jogo a titular durante uns tempos, lançou Candeias (estreia prometedora) e reequilibrou o jogo com o adversário confiante que chegaria o seu estatuto de grande para vencer. Mas não bastou. Coentrão voltou a sacar um dos seus truques de magia que naquele estádio já se viram mais de uma vez e fez abalar até os alicerces. Não bastou porque o Porto acabaria por marcar mais dois. Mas gostei de ver na segunda parte uma equipa com uma atitude completamente distinta daquela que vimos até à 13ªjornada. Derrota é derrota, mas o Rio Ave não se envergonha do que fez no Porto.

Entre os jogadores, Coentrão merece o destaque principal. Não foi só o golo, foram recuperações, foram auxílios defensivos, foi uma espécie de pequeno terror para uma equipa que não o esqueceu nem o esquecerá, de certeza. Também destaco Paiva que esteve muito bem e Miguel Lopes que não se deixou atemorizar por já ter contrato com o adversário.

Carlos Brito leva 2. Encolhidos na primeira parte, mas acordados na segunda. Uma excelente decisão a mudança de Evandro por Candeias, mas no final 0 pontos. O Porto é do nosso campeonato. Joga contra nós, já perdeu 2 pontos connosco, tem é objectivos diferentes. Ninguém pedia que se vencesse este jogo. Mas serviu para colocar a equipa a jogar contra um adversário difícil no sistema que o treinador mais gosta. E isso é benéfico. Depois do Benfica batemos a Académica. Depois do Porto vamos vencer o Setúbal!