(Estoril) Querer muito. É poder

Há duas maneiras de ver o jogo de ontem e o campeonato que o Rio Ave está a fazer. Uma emotiva e uma racional.
Racionalmente, a equipa continua sem jogar bem (um prémio a quem se lembre de uma boa exibição...), demasiados passes errados, muita intranquilidade, algum desespero. Parece evidente que o fantasma da época passada está bem presente (e o medo de falhar é enorme). E somos desde já os campeões dos últimos minutos. Já são várias vitórias conseguidas nos últimos instantes!

Emotivamente, a equipa quer ganhar. E quem quer ganhar consegue-o mais facilmente. Veja-se o caso do Estoril. Tem boa equipa e veio para pontuar. Houve mesmo um momento do jogo em que teve o Rio Ave dominado. Mas faltou-lhe a ousadia e o querer (há, nesta altura, um certo endeusamento de Tulipa; a minha crítica aqui fica). A determinado momento da segunda parte temi o pior. Faltou ambição ao seu treinador para tentar os três pontos.
Não faltou ao nosso. Nem à nossa equipa. Mesmo falhando passes e cruzamentos, a equipa demonstrou ambição. Querer. Ganhou justamente.
Jogou bem? Não. Jogou mal? Em muitos momentos, sim. Ganhou, sem favores.

O melhor em campo, para mim, foi Gaspar. O mais regular e acertado ao longo dos 90 minutos. Evandro marcou mas, além do empenho, não melhorou substancialmente face aos últimos jogos.
Tambem gostei de Keita (e não concordei com a sua substituição), de Paiva e de Rogério Matias. Não gostei de Wires, devia ter sido substituido mais cedo. E Wires, sendo um jogador jeitoso, não é melhor do que Niquinha. Não concordei, por isso, com Eusébio. Nota 3 para o treinador (pela ambição e querer).

Trofa, aí vamos nós.