10ª j - Trofense - Notas

Milhazes fez uma segunda parte brilhante ao não perder uma jogada na defesa e a apoiar o ataque como há muito já não o via fazer. Merece o destaque de o Melhor em Campo.

Outros destaques: Evandro quando ficámos a jogar com dez passou a ter um papel determinante. Não foi o avançado acutilante e perigoso de um saudoso passado, mas esteve em todo o lado onde era preciso preencher espaços e dificultar o jogo ao adversário. Gostei muito de o ver jogar tanto em prol da equipa. Muito bem!
Delson foi outro elemento de grande utilidade. Também não foi propriamente brilhante, mas correu sempre do início ao fim e nunca perdeu o sentido do que queria fazer.

O treinador: 3. No dia em que peço a Eusébio para se demitir do cargo de treinador principal, vou também fazer-lhe o melhor elogio que me lembro. A primeira parte foi quase toda para esquecer. A expulsão, mau futebol, uma equipa encolhida e sem soluções para contrariar o Trofense. Mas um futebol e uma equipa diferente para muito, muito melhor quando um jogador do Trofense foi expulso também. Eusébio foi audaz quando colocou apenas 3 homens na defesa (Danielson, o pouco mais que sofrível António e Milhazes) e deslocou Niquinha para o meio-campo. Com esta configuração ganhou claramente controlo do jogo e o Trofense apenas conseguia criar perigo em contra-ataque. E o nosso domínio acentuou-se, sem que no entanto fôssemos capazes de marcar um golo. E oportunidades não falharam.

Mas o prazo que lhe tinha concedido esgotou-se sem os pontos que eu pedira. E por isso peço a Eusébio que coloque o lugar à disposição da Direcção. Se esta aceita ou não, é outra questão. Esta foi das melhores tardes do Rio Ave com Eusébio à frente da equipa. Mas foi muito pouco e de novo deixámos escapar a possibilidade de encurtar a distância para os da frente. Com tanto empate, vencer na Trofa teria sido muito importante...