18.7.25

AG Extraordinária: Luís Oliveira substitui Henrique Maia como presidente-adjunto e representante na SAD

150 votos a favor da destituição, 16 contra... assim se resume a AG extraordinária desta noite, que serviu para encontrar um substituto para Henrique Maia, quer como presidente adjunto (de que se demitiu) quer como representante dos sócios na SAD - pôs o lugar à discussão dos sócios, que hoje se reuniram para resolver isso.

A AGE fica marcada pelo elevado número de sócios presentes (170, que comparam com os 70 da última AG) e pela breve intervenção da Presidente, que disse ter ficado 'totalmente surpresa com o pedido de demissão' uma vez que, acrescentou, HM nunca apresentou qualquer divergência até aquele momento. AC criticou o silêncio de HM, nomeadamente por não ter aproveitado a última AG para explicar a sua posição (já que nesta esteve ausente, por motivos de saúde; tentou representar-se por procuração, mas isso foi rejeitado).

Intervim na AGE para defender a continuidade de Henrique Maia, mas numa coisa concordo com aqueles que criticaram a sua postura: nem na carta nem posteriormente, HM explicou o que se passou e os sócios mereciam saber o que se passou. Não passou a mensagem certa, para quem era o representante dos sócios e queria continuar a ser.

Único candidato, Luís Oliveira foi eleito por 155 sócios , 4 contra e 12 abstenções (um dos quais eu). 

Gostei das suas palavras no final.


 

Algo que não posso deixar de lamentar

Vivemos tempos em que é preciso medir bem cada palavra — sobretudo quando divergências de opinião são vistas quase como afrontas pessoais. Ainda assim, não posso deixar de expressar a minha tristeza perante a estratégia que tem vindo a ser adotada nos últimos anos: a marcação de reuniões de Direção na véspera das assembleias gerais, com um propósito claro — alinhar votos, condicionar decisões e reforçar a velha lógica do “ou estás comigo ou estás contra mim”.


Lamento profundamente que, em nome de objetivos de ocasião, se promova a mobilização cega e se passe por cima de tudo e de todos — mesmo que isso implique apagar ou manchar o contributo de quem tanto deu ao clube.


 


Evitar um equívoco na AG de logo (e ainda ver o concerto de Miguel Araújo...)

Há uns meses a Alexandrina Cruz (AC) entendeu que Henrique Maia (HM) seria a melhor pessoa para representar os sócios do Rio Ave FC na SAD. Os sócios concordaram unanimemente.

Entretanto, AC e HM desentenderam-se e HM demitiu-se da Direção. Embora possam por uma pedra sobre o assunto (até porque nada de grave se passou, na minha perspetiva), pelo menos nesta fase ninguém espera que AC convide HM para a próxima lista da Direção nem que HM aceite.

Mas não é de um convite para a Direção de que falaremos logo na AG.

Não vejo que qualquer das razões que levaram AC a entender, há poucos meses, que HM seria a melhor pessoa para representar os sócios se tenham alterado.

AC está na SAD representando o Clube, por inerência da Direção; o representante dos sócios não tem (nem, em tese, deveria) ser da Direção, para assim manter uma completa distância/independência.

Se este for o entendimento da presidente da Direção a AG demora trinta minutos e ainda vamos todos ver o concerto de Miguel Araújo... 


 

 

17.7.25

Saíram 9 jogadores, entraram 2 - há sete lugares para preencher?

Dos 9 jogadores que saíram, vários foram titulares (Omar, Kostoulas, Tiknaz, Kiko Bondoso, Tiago Morais, Martim Neto). A estes juntamos Vítor Gomes, o guarda-redes Matheus Teixeira e o defesa esquerdo João Pedro.

Será legítimo pensar que virão outros tantos (vieram dois, até agora). 

Claro que há diversos jogadores dos sub23 a serem observados e se Sotiris quer realmente apostar em jogadores jovens tem aqui uma boa oportunidade. Mas não acredito que fiquem mais do que dois/três. 

Aposto na promoção de Sina a segundo guarda-redes.

Acresce que Clayton e Miszta estão no mercado, embora as movimentações públicas pelo guarda-redes tenham desaparecido nas últimas semanas. Pelos vistos, Marinakis pede 15 milhões por Clayton.

Esta venda não é irrelevante: uma coisa é trazer novos jogadores sem a entrada de receitas, outra é uma venda desafogar as contas. Marinakis nada em dinheiro, mas a SAD não será um poço sem fundo.

Nesse sentido, ninguém se vai admirar se o plantel estiver em construção até dia 31 de agosto, já com as primeiras jornadas disputadas. 

(o zerozero põe Lomboto como central, mas no Rio Ave jogava a médio defensivo)
 

15.7.25

Do primeiro para o segundo jogo de preparação, o que mudou

Frente ao Limianos, Sotiris fez algumas alterações, mas manteve o 4-3-3. Depreende-se que não houve defesa esquerdo, tendo a função sido desempenhada por Abbey.

Miszta 'voltou' ao onze, tal como Abbey, Ntoi, André Luiz e Clayton.

Onze:

Miszta, 

Vrousai, Petrasso, Ntoi, Abbey, 

Bakoulas, Graça, Nikos, 

André Luiz, Olinho e Clayton

A menos que haja alterações significativas, acredito que este onze não andará muito longe daquele que, daqui a um mês, jogará na Luz. É um onze da época passada, com um reforço.

(Jogaram ainda: Sina, Tomé, Lomboto, Panzo, Hassan, Medina, Novais, Ferati, Karseladze, Papakanellos, Naziru e Zoabi)

Outras notas: 

- estreia de Nikos, um os dois reforços; o outro, Papakanellos, jogou na segunda parte;

- Aguilera ainda de fora, mas já regressou;

- Jogaram cinco sub23, com Sina (saíram Pedro Virgínia e Valentim):

- Bakoulas a fazer de Tiknaz? 


14.7.25

Uma primeira prova de fogo para Ignacio Beristain

Talvez na Grécia os processos judiciais não sejam de consulta pública, como acontece em Portugal e em muitos outros países. Isso explicaria a falta de sensibilidade do investidor para uma imagem que ninguém quer ver associada ao Rio Ave, mas que começa a aparecer: a de que não paga e prefere resolver em tribunal as questões

Ignacio Beristain tem aqui uma primeira prova de fogo. 

Claro que quando acha que tem razão, a SAD deve contestar, mas ainda ninguém se esqueceu da segunda interdição da UEFA, no final do ano, por dívidas a um jogador, que não faziam sentido. 

Voltando ao início: a perceção pública sobre a imagem das instituições chama-se reputação. E todos queremos que o Rio Ave, clube ou SAD, tenha uma reputação positiva.

 

11.7.25

Equipamentos 2025/2026: O azul nas fotos e o receio (infundado?) sobre o verde

(uma sugestão dada pelo Leitor André Santiago)


A apresentação oficial dos equipamentos do Rio Ave FC para a temporada 2025/2026 está para breve, mas nas redes sociais — nomeadamente no Facebook — os sócios e adeptos têm manifestado algum desagrado com as imagens que têm sido utilizadas nos últimos dias para anunciar reforços.

As fotos de apresentação dos novos jogadores surgem com camisolas azuis — o equipamento de treino — acompanhadas por descrições como “com as nossas cores”, o que tem causado alguma estranheza e críticas por parte de quem sente que essa frase não representa o verde e branco tradicional do nosso emblema.

As más línguas (ou talvez não tão más quanto isso) vão mais longe e sugerem que esta opção está relacionada com uma alegada aversão de Evangelos Marinakis à cor verde — por ser a cor do Panathinaikos, rival direto do Olympiakos, clube que detém. A teoria não é nova e, segundo consta, não é totalmente descabida. Ainda assim, há algo que os sócios do Rio Ave podem (e devem) manter como certeza: as nossas cores oficiais não podem ser alteradas.

Isto porque os estatutos do clube (do clube, não da SAD) salvaguardam precisamente essa identidade — e nesse ponto, felizmente, a história e o bom senso protegem-nos de mudanças radicais. O que poderá acontecer, em tese, é uma diminuição do uso do verde no design do equipamento principal.

Enquanto se aguarda a apresentação oficial dos novos equipamentos, resta esperar que o bom gosto, a identidade do clube e o respeito pelos seus sócios estejam no centro da escolha.

O representante dos sócios na SAD

A próxima AG extraordinária vai servir para escolher o representante dos sócios na administração da SAD, uma vez que a Mesa da AG entendeu que a demissão de Henrique Maia da Direção implicaria também a sua saída desse lugar. Eu, não sendo jurista, e uma vez que Henrique se mantém como sócio, não vejo problemas, mas é o que é. Iremos ao Centro da Juventude para resolver a questão.

Pode pensar-se que o lugar é simbólico, mas eu não acho isso. Ter um representante dos sócios que não pertença à Direção é, à partida, uma garantia de isenção e transparência.

Acredito que a Direção irá indicar alguém - espero que com este perfil. Por exemplo Henrique Maia.

Caso contrário, é importante que apareçam sócios disponíveis na AG para essa função.

PS - se a ideia é permitir que surjam candidaturas espontâneas, a Mesa da AG deveria explicar isso previamente, até para as pessoas eventualmente interessadas poderem pensar no assunto.