7.3.22

Vitória importante por 1-2 contra o Vilafranquense.

Rapaziada, não me diverti nada na primeira parte. Os moços corriam e corriam e não saía nada. Nem uma jogada das boas, uma finta vistosa, uma oportunidade grande que desse pra chamar nomes ao nosso avançado. Não é que tinha sido aborrecido de todo, não foi é excitante. De início até fiquei contente e de certa forma com inveja da malta de Vila Franca deslocada até Rio Maior porque iam ver o Rio Ave equipado a rigor. Nós em casa temos de levar com os equipamentos de levar à missa, os equipamentos bons, porque aqueles que nos caracterizam, verdes e brancos de listas verticais, não dão, são roupa de trabalho e roupa de trabalho não entra em igreja. Se calhar é por isso que jogamos pouco e sofremos tanto em vários jogos em casa: os jogadores estão ali para rezar e não para sujar a roupa. Nem o finalmente estreado Olinga trazia qualquer coisinha de diferente, uma extravagância, sei lá. 

Enquanto mexia nas contas do Rosário, dei-me conta que Filipe Gouveia é o treinador do Vilafranquense. Gouveia é tão honesto a fazer análise de jogos quanto um gato a dizer a um rato que só quer ser amigo dele.

Chega a segunda parte e o Vilafranquense marca. Eles não sabem muito bem como aconteceu, acredito que tenham tido de ver a repetição 4 vezes, mas a verdade é que marcaram. Nós nem cheirinho disso. Não sei quantos palavrões terei dito, nem os nomes que terei chamado ao nosso treinador. Basicamente este demonstrar de felicidade é um clássico dos nossos jogos. A TV já tinha tanto perdigoto de eu gritar a toda a gente que quase perdia o primeiro golo do Pedro Mendes. Havia, de repente, uma luz! Verdade seja dita, a equipa mostrava algo que poucas vezes nos mostrou este ano: alma e crença. Quando Pedro Mendes fez o segundo golo parecia São João na minha sala! Que golaço, rapaziada! Que requintes de malvadez! Depois de ter limpo os perdigotos da TV, agora tenho de limpar as marcas dos beiços carregados de bâton de cieiro! Quero lá saber, Pedro Mendes é o maior, Luís Freire é um génio!

Foi um fim de semana muito bom pra nós. Tudo é alegria, tudo é felicidade! Até a feia e antipática vizinha do quarto andar hoje me parece a mais simpática Miss Universo!