Foto(Rio ave FC) |
Fui a Paços de Ferreia com + 2 “reis” cheios de entusiasmo, e depois de passar 3 semanas sem ver o Rio Ave jogar(não vi o jogo da taça)… Ver ao vivo, ao lado da claque e atrás da baliza é outra coisa, mas, sinceramente não gostei, achei que o Paços foi sempre mais equipa do que nós, podiam ter marcado por varias vezes, achei até que tivemos muita sorte em alguns lances, embora também em alguns períodos percebeu-se a superioridade do Rio Ave. Já na televisão, e depois de rever o jogo na totalidade, (ás vezes dá-me para isto), percebi que afinal o jogo da nossa equipa não foi assim tão mau, contudo a finalização foi muito fraca, ambas as equipas tiveram medo de partir a loiça de porcelana do 0-0, jogaram em demasia no erro do adversário, para eles (treinadores) quem marcasse ganhava o jogo, foi sempre essa a sensação com que fiquei.Se por um lado se entende essa atitude por parte do Paços, que jogaram unicamente na exploração das costas do Rio Ave(contra ataque previsível, conhecendo o PEPA, e que quase dava resultado)eles temeram-nos, e usaram o risco zero, que lhes garantia pelo menos o "pontinho", por outro, este Rio Ave tinha que ter maior capacidade ofensiva, a pressão alta era fraca, raramente ganhamos a bola em zonas altas para depois conseguirmos finalizar, e o nosso bloco esteve demasiadas vezes baixo(estranho). Pior do que tudo isto, pela primeira vez esta época vi “pontapé” para a frente, em desespero, principalmente na 1ª parte, como arma tática do nosso 1º momento de jogo, não contei as vezes, mas eu e o JPM reclamamos com esta situação pelo menos 3 vezes, resultado disto foi que passamos a entregar a bola ao adversário com muita facilidade, dai o equilíbrio estatístico na posse de bola, o que não é normal na nossa equipa. Pareceu-me que CC queria atacar a profundidade como estratégia para este jogo, que foi confundida com pontapé para a frente... a qualidade dos nossos passes em profundidade deixou muito a desejar, a bola apenas entrou uma única vez na 1ª parte nessas condições e foi de facto quando obtivemos a melhor oportunidade para marcar.
Sem querer ser muito exaustivo, porque já muito se falou deste empate, apenas quero deixar a minha ideia, pareceu-me que sem o querer CC alterou a nossa “Identidade” em função do adversário, e "comprou para este jogo os mesmos móveis de porcelana do Pepa", o que claramente limitou o nosso jogo, passamos a jogar como eles, e não o seu contrário. Neste jogo a equipa só ficou melhor, quando "colocamos os nossos moveis de “madeira” no sitio certo", na 2ª parte melhoramos bastante, mas não o suficiente para finalizar bem.
Foi pena que numa das últimas jogadas do encontro, não tenhamos faturado, seria obviamente tudo diferente, mas esta coisa de mudar a identidade seria sempre criticável, porque não gostei…acho que tememos o adversário em demasia e isso pode constatar-se muito bem na TV, olhando atentamente o posicionamento da equipa. Jogou encolhida em muitos momentos do jogo e sem qualquer capacidade de pressão em zonas altas do terreno, para além da dificuldade que a equipa teve na ligação do seu jogo ofensivo, a bola não chegava aos decisores, e todos sabemos que Taremi não rende nada de costas para a Baliza... Enfim, quais as razões para isto? Dá outro post…pois neste especto, acho que os jogadores que estiveram bastante abaixo do exigível, tiveram 90% de responsabilidade.
Nota Final: Mister não tenha medo de abusar da nossa identidade, o mister já provou que ela é boa, constatamos é que por vezes esta não resulta.Acho que adianta perceber porquê que de vez em quando não resulta:
Temos posições ocupadas com "moveis de porcelana"... e isso não é bom, traz sempre muita insegurança á equipa, torna-a bastante mais frágil, talvez também alguns elementos da nossa equipa estejam abaixo do exigível (a paragem também pode explicar a falta de ritmo)... a questão é saber se temos outros em melhor nível...
Sorte para quarta feira!