Até aos 85 minutos estava eu a pensar que cometer erros e desperdiçar oportunidades contra equipas com argumentos como os do Porto dá sempre em derrota. Não tinha sido preciso um grande Porto, tinha estado a bastar um Porto eficaz, que quando acelerou o jogo nos deixou logo em desvantagem. O Rio Ave não estava a jogar mal, mas teve dois momentos desastrosos a defender e quando tinha que finalizar parecia com medo de ser feliz.
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Foto:maisfutebol.iol.pt |
A segunda parte não estava a ser tão bem jogada do nosso lado e do lado do adversário ainda era pior, convencidos que bastaria mais uma esticadela de velocidade para matar o jogo. Mas o Rio Ave não tem culpa que os adversários deixem de querer jogar e de tão arrogantes se deixem adormecer. Daniel Ramos mexe bem na equipa, agita e volta a baralhar e o Porto perdeu a mão e todas as vasas daí em diante. A atitude do Porto depois do golo de Nuno Santos, encolhido, medroso, apático deu-nos o elan extra que era necessário. E o adversário levou por tabela, literalmente!
5 minutos mudaram a história do jogo. 5 minutos levaram-me do conformismo a uma alegria. Só foi pena ter acontecido tão tarde.
Daniel Ramos esteve melhor no banco que Sérgio Conceição. Parabéns Daniel. É inquestionável que ter as soluções que passou a ter fazem toda a diferença. Onde chegaríamos sem as lesões que não nos largaram? Daniel Ramos começa a justificar a aposta do presidente. Ainda estará a tempo de justificar mais uma época connosco? Por hoje sim, claramente. Hoje deviamos ter ganho a um Porto que achou que bastava ser "Portinho" e que estando em vantagem as camisolas fariam o resto.