10.10.14

«O que se conseguiu até agora já ninguém nos tira»

Muito excecionalmente transcrevo na íntegra a crónica desta semana no Terras do Ave, porque ela reflete o meu pensamento:

«Na última vez que aqui escrevi [há um mês], vivíamos um momento de grande euforia.
Não podia durar sempre.
Foi o apuramento para a fase de grupos da Liga Europa, foi a liderança do campeonato, foram as goleadas.
Mas todos sabíamos que a realidade da nossa equipa não era aquela.
Foi bom enquanto durou, mas a vitória no Estoril foi uma «anormalidade»; seis ou sete remates, cinco golos!
E desde a vitória sobre o Boavista, a 1 de setembro, nunca mais ganhámos.
São, portanto, sete jogos sem somar os três pontos, o que - convenhamos - é um choque muito grande para quem vinha da tal euforia.
Destes sete jogos (três empates e quatro derrotas), há um em que nada há a dizer (o 0-3 com o Dínamo de Kiev, tal a diferença entre as equipas); depois há o jogo da Taça da Liga, em que nos apresentámos com a 'equipa B'; mas nos restantes esperava-se mais da nossa equipa, que parece estar a passar por uma crise de confiança, aliada ao enorme desgaste físico.
Mas também é justo dizer que nos jogos com o Braga e com o Aalborg, fomos prejudicados pelas arbitragens. Aquele penalti no último minuto, na Dinamarca, que ficou por assinalar, tornar-se-à anedótico. E provavelmente teria garantido um ponto (e alguns milhares...).
Da 'Felicidade' (título da última crónica) passámos para um estado de infelicidade?
Claro que não.
Não podemos estar satisfeitos nem de parabéns, quando se perde, ou mesmo quando não se ganha, mas o que se conseguiu até agora já ninguém nos tira.
E a equipa já mostrou que sabe fazer mais e melhor.
Como diz o novo cântico nas bancadas, «nós acreditamos em vocês»!

PS - inexplicavelmente, para mim, a equipa principal de futsal luta pelos últimos lugares no campeonato nacional. Isso, sim, deixa-me triste»