Quando a primeira parte acabou, acredito que não houvesse um único rioavista que não estivesse desiludido com o facto de sofrer o golo tão perto do intervalo. Desilusão, sim, mas que não se deve confundir com falta de merecimento. Oportunidades o Braga teve umas quantas e só lhes faltou pontaria. Fomos dominados. Não é pecado deixar-se dominar fora por um adversário que em teoria se sabe que é melhor que nós. Pecado é ser-se tão permissivo tão perto da nossa defesa, sofrer-se tanto nas bolas aéreas, andar sempre de coração na mão sempre que a bola ficava ali na zona da nossa grande área. Eu compreendo a opção de Nuno ES em tentar ter a técnica de Diego Lopes no meio.campo. O treinador deve ter pensado que o futebol atrevido e de toque fácil e rápido do brasileiro podia tornar o nosso jogo mais esclarecido e que com isso se pudesse chegar mais rápido e com mais perigo perto da baliza do adversário. Mas falhou porque o Rio Ave concentrava muito o seu jogo no miolo, poucas vezes entrava na zona mais recuada da defesa adversária e remates e perigo eram miragens. E se a segunda parte até começou com um Rio Ave melhorzinho e o golo de Edimar ainda nos deu alguma esperança e se se pensou que a forma como foi obtido poderia abalar o Braga, também isso nos correu mal. As nossas torres de defesa anti-aérea estavam em dia em que não acertavam uma. E depois...
Nuno ainda não encontrou a fórmula certa para esta equipa. Para já mostrou ter várias fórmulas, o que não é de todo mau. Mas com uma equipa que não se conhece muito bem, o funcionamento das mesmas tem deixado a desejar: não há entrosamento suficiente para cada um poder movimentar-se à-vontade entre as matizes pintadas pelo mister. Acredito que daqui por uns meses esta variedade de soluções tácticas seja uma mais valia. Para não têm tido o efeito desejado. No jogo de hoje dou nota 1 a Nuno.