4.8.10

Ainda os novos capitães - uma sugestão

«(...) para o FC Porto perder Bruno Alves é perder mais do que um mero central. Sai, também. o 'pai' do outro... central. Gritando com todos, colegas e adversários, fazendo de cada corte uma afirmação de carácter, a seu lado qualquer central, mesmo saído do berço, se sente maior. Rolando foi o último exemplo. Sem esse seu 'capitão natural', perde-se uma base do ADN dos onzes azuis-e-brancos desde há décadas. Um traço que dá condições (primeiro mentais, depois técnicas) para os outros jogadores crescerem e serem melhores até do que verdadeiramente são. (...) no limite, o verdadeiro capitão até pode nem jogar. Ser suplente. E entrar outro em campo com a braçadeira. Este cenário sucede mais com os ditos veteranos. Um exemplo? Vítor Baía nas últimas épocas no FC Porto. Faz parte da transmissão dos códigos, regras de comportamento que regem cada habitat particular, de clube para clube».

Ao ler Luis Freitas Lobo no último Expresso, lembrei-me da nova lista de capitães do Rio Ave, que aplaudi. Gaspar, Zé Gomes e João Tomás são (infelizmente) jogadores em fim de carreira (no caso de Zé Gomes, uma espécie de mal-amado, o problema é se vai continuar em Vila do Conde para o ano), pelo que se impunha incluir na lista um dos mais novos, para, aprendendo com os mais velhos, garantir a continuidade (Vítor Gomes?).