23.8.10

2j - Guimarães - dois rostos

Um dos síndromes das equipas de Carlos Brito são os empates. São equipas que jogam bonitinho, têm sempre jogadores interessantes e que sabem jogar à bola, mas que não matam jogos. Passámos a pré-época com novelas em torno de centrais e faltou (?) identificar um médio-centro ofensivo, rematador, capaz de empurrar a equipa 15 metros adiante daquilo que costuma jogar. Assim, ficamos dependentes da velocidade e técnica dos nossos alas para chegar até à área adversária e depois dependentes da pontaria do ponta-de-lança para fazer golos. Quando a velocidade dos alas se esgota, o balão murcha. Hoje foi assim. E é por isso que afirmo que tivemos dois rostos, um sorridente e empolgante na primeira parte e um triste e enfadonho na segunda. Ao intervalo acreditava que íamos ganhar, era só manter a boa atitude e enervar o Vitória. Mas não fomos capazes.
Mesmo assim, cansadito, estranhei que Gama tivesse saído. O que fez foi fazendo bem, está motivado e parece-me um jogador melhor do que na época passada. Fábio Felício não é que não foi o tal médio "esticador". No primeiro tempo ainda com forças, esteve duas vezes mal, uma a finalizar, outra vez a não soltar a bola e a inventar nem ele sabe o quê.
Não marcámos, não sofremos que é importante, mas esta segunda parte aborreceu-me.
Dou 3 a Carlos Brito.