Aquela máxima do jogo de início de época, fraco e aborrecido hoje esteve bem longe de nós. Não fosse a derrota e eu estaria aqui agora a exaltar as qualidades da nossa equipa e a beleza do nosso jogo. Mas, como perdemos, sinto-me como uma rosa mal regada sob o calor deste Verão.
Foi injusto. Se a máxima de início de época esteve ausente, já a que diz que quem não aproveita as oportunidades paga bem caro, esteve bem presente. E foi só por isso que perdemos, porque tivemos mais que tempo e oportunidades para marcar, mas por um motivo ou outro (poste, barra, guarda-redes, pernas dos defesas adversários) a bola não entrou na baliza do Nacional. E quando entrou, o árbitro disse que não contava. Quanto aos dois golos que marcámos, muitas dúvidas me ficam, ainda que tenha que admitir que no caso do primeiro, talvez haja que dar um pequeno puxão de orelhas a Tarantini, porque chutou a bola junto à linha de golo, quando parecia que ia entrar sem necessidade de mais toques.
Gostei da dinâmica da equipa, da forma como chegou rápido perto da área do Nacional, da diversidade de soluções ofensivas, da estupenda exibição de Ricardo Chaves. Não gostei muito dos irmãos Gomes, Zé às vezes displicente a defender e Vítor a não soltar bem a bola. Também não gostei da forma como Gaspar lidou com Orlando Sá. Um jogador experiente e da qualidade de Gaspar não tem de ser tão impetuoso e pior, ineficaz. Só com o aproximar do fim do jogo recuperou a postura e passou a ser ele quem levava a melhor. Também não gostei, mas não por culpa de D. Gaspar, de o ver no chão amarrado à perna. Perceberam, senhores dirigentes?
Uma derrota é uma derrota e custa muito quando se joga tão bem. Eu acredito na equipa porque mostrou que sabe o que faz e que tem muita qualidade. Mas quero ganhar sempre.
Dou 3 a Brito. Perdemos em casa, mas gostei do nosso jogo.