Finalmente foi um jogo 'à Rio Ave': muita pressão no meio campo, segurança defensiva e... vários golos falhados. O Rio Ave teve quatro oportunidades de golo (três por Sidnei, ao poste, e duas ao guarda-redes, sendo que a terceira é uma defesa 'do outro mundo' de Helton; e uma de Nélson Oliveira) e, como já estamos habituados, não concretizou nenhuma.
Resultado perfeitamente injusto, já que o empate seria o mínimo (um pouco mais de ousadia, neste capítulo, a Brito não teria ficado mal). Mas, mesmo sem pontuar, salvou-se a exibição e o fim das goleadas.
Brito - pela primeira vez esta época? - surpreendeu no onze inicial (sobretudo para quem dizia que não havia dúvidas...) e, tendo voltado ao seu 4-3-3, fez entrar Adriano e Jeferson, duas apostas ganhas (penso que poupou Faria por causa de Belém; já Vilas Boas vai falhar). Faltou apenas o ataque, que confirma estar órfão de João Tomás e que se encontra em grande crise de confiança (sendo Bruno Gama o principal espelho disso mesmo, ainda que ontem Sidnei tenha finalmente dado um ar da sua graça; foi um dos melhores, a par de Sílvio, para mim o melhor) e onde as opções pura e simplesmente não existem. Para Brito nota 3, apesar da derrota; conseguiu dar a volta à crise de confiança e se os seus jogadores falham quatro oportunidades de golo, que pode ele fazer? Penso que este jogo deu mais indicações ao treinador sobre quem pode ficar ou não para a próxima época, com Adriano a baralhar as contas, se confirmar em próximos jogos o que mostrou.
Em resumo: quando o melhor em campo do adversário é o guarda-redes e quando esse adversário se chama FC POrto acho que podemos estar minimamente satisfeitos.
PS - pouco público.