Com algum jeito e sorte um indivíduo pode ser um futebolista com sucesso. Desde que não seja guarda-redes ou avançado. Aqui não basta algum jeito ou sorte. É que, ao contrário dos seus colegas do meio, nas pontas do campo a eficácia mede-se objectivamente: fulano marcou x golos, aquele já sofreu y golos esta época. Já na defesa e no meio campo, um indivíduo apenas jeitoso pode fazer uma longa carreira, porque a forma de medir o sua eficácia não é tão 'transparente' (matemática).
Vem isto a propósito do que li ontem em dois jornais: em A Bola diz-se que Keita vai ser vendido pelo Setúbal (portanto, que há interessados); Keita, depois de duas experiências frustradas no Chipre e de quase ter sido treinado por João Eusébio no Covilhã, marcou quatro golos em 17 jogos esta época. Muito? Pouco? cada um que decida.
Por outro lado, segundo o Record, o Sporting acaba de gastar uma fortuna com um jogador francês que pode ser um craque mas já não marca um golo desde Novembro (também não tem jogador muito).
A minha conclusão: marcar muitos golos já não é critério. Basta alguns. Ou até um...