para mim o teu dia continua a ser 8 de Dezembro, mas como convencionaram que hoje também é o Dia da Mãe, concedo-te este espaço. Todos os dias são o teu dia, é mais que justo.
Hoje escrevo-te com o arrependimento de quem sente que desperdiçou uma tarde num estádio de futebol, quando devia estar a passear contigo, ou sentado num sítio bonito a conversar sobre as imensas memórias conjuntas que temos. Arrependido, mesmo! Eu e aqueles milhares de pessoas que também foram ao estádio. Coitados, muitos até foram enganados, porque lhes prometeram uma festa à borla e afinal o que viram foi quase um filme de terror.
Correu tudo mal, mãe. A equipa nunca se encontrou, teve o vento contra si no primeiro golo e até o seu treinador foi um verdadeiro zero. O melhor foi o Niquinha, que como tu sabes, não sabe jogar mal. O Chidi também esteve bem, tal como o Danielson. Mas não chegou, mãe. Se queremos subir de divisão, deveríamos ter mostrado algo melhor do que aquilo que vi. Foi mesmo mau...
Como vês, estou desanimado. E, repito, triste comigo mesmo por não ter abdicado do meu particular vício do futebol para passar contigo uma tarde tão soalheira. Desculpa. Eu sei que as desculpas não se pedem, evitam-se, mas o Rio Ave...
Amo-te mamã!
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