31.3.24

(0-0 no Boavista) Freire corrigiu Freire e o Rio Ave melhorou

O Rio Ave apresentou-se no Bessa com três avançados (Aziz, Boateng e Fábio Ronaldo) mas isso não significou um maior caudal atacante nem mais oportunidade de golo. A equipa apresentou-se mais uma vez sonolenta e, do meu ponto de vista, para isso contribuiu João Teixeira (lento a executar). Não jogou mal, mas ainda aguardo para ver a 'magia' que Teixeira 'prometeu' à equipa [Nota: foi considerado o 'homem do jogo', opinião que respeito, mas de que discordo]. Mas não foi só ele a revelar-se desinspirado. Todos do ataque, Embaló e até Costinha estavam abaixo do normal. Amine, mais uma vez, com grande dinamismo, até sair prematuramente aos 30 minutos. Os centrais, bem.

Apenas com uma oportunidade em 45 minutos, Freire mexeu. E bem. Abdicou de um avançado (Ronaldo) e entrou Joca, que rapidamente agitou o jogo. Em simultâneo, fez subir Embaló e o Rio Ave começou a criar perigo. O Boavista estava a ser dominado quando Boateng foi expulso. Mesmo com 10 ainda conseguiu apertar o Boavista mas no quarto de hora final as duas equipas pareciam mais interessadas em garantir um ponto.

O Rio Ave foi melhor, pelo que fez nos primeiros 30 minutos da segunda parte, mas o empate aceita-se. Um ponto fora é sempre positivo, mas o Rio Ave não ganha há muitos jogos e por isso não consegue sair da zona de aflição.

A iniciativa da Direção de levar centenas ao Boavista resultou em cheio. Os adeptos Rioavistas calaram o Bessa. Foi pena a trapalhada da Polícia no regresso, a que Direção é alheia, que obrigou os autocarros a irem quase até Santo Ovídio (Gaia) para apanharem a A28!


19.3.24

4 meses depois da Assembleia Geral Extraordinária sabemos o mesmo

Hoje passam 4 meses desde a realização da Assembleia Geral Extraordinária e sabemos hoje o que sabíamos a 20 de novembro. 

Todos se lembram da urgência com que o processo foi discutido e aprovado. Foi-nos dito que tinha de ser assim, para haver negócio. Mas (é a minha opinião) quatro meses não é compatível com essa urgência nem, muito menos, com a falta de informação aos sócios. 

Há quase dois meses escrevi aqui que acreditava que saberíamos novidades dentro em breve, porque em quatro meses fazem-se grandes negócios em qualquer parte do mundo, mas enganei-me.

Se há algum problema, temos obrigação de saber. Se está tudo bem, temos o direito de saber. Assim, não.

Espero sinceramente que a concretização do negócio não tenha a ver com a prestação desportiva, porque isso poderia ser sinónimo de instabilidade e de desinteresse, depois de tudo o que nos foi prometido.


 

17.3.24

(1-1 em Faro) Apenas algumas perguntas

 Visto o jogo e lidas as declarações de Luís Freire no final, aqui ficam algumas perguntas:

- O Rio Ave está melhor hoje do que, tomando como comparação, os últimos cinco jogos antes dos reforços entrarem na equipa?

- A segunda volta tem nove jogos (sete empates, uma vitória e uma derrota). A equipa joga para o empate ou teve (sete vezes) azar?

- Quantos dos reforços se afirmaram até agora como indiscutíveis?

- No final da primeira volta, o Rio Ave era 16º, agora é 15º. Como se explica?

- Frente ao Sporting, o Rio Ave fez um excelente jogo, mas o onze (Amine e Graça no meio campo; Vroussai na esquerda) nunca mais voltou a ser repetido. Porquê?

- Antes do jogo, Freire disse "A nível exibicional, temos crescido, há mais consistência no nosso jogo, tanto a nível ofensivo como defensivo”. É verdade?

Cada um que faça a sua própria análise.



9.3.24

(0-0 frente ao Braga - justo mas Rio Ave foi melhor) Foi dia de jogo 'grande'

O Rio Ave não desiludiu frente a mais um 'grande': mais uma vez jogou 'olhos nos olhos', nunca se deixou dominar e acabou o jogo em cima do adversário, que parecia satisfeito com o empate. O resultado é justo mas acho que fomos globalmente melhores.

Freire mexeu: em vez de três avançados, houve dois (Aziz e F Ronaldo), com Embaló na ala esquerda e Joca no meio campo (à frente de Adrien e Amine). Aceita-se.

Não houve, dos dois lados, grandes oportunidades e, sim, muita luta a meio campo. 

Melhor em campo, para mim: Costinha.

Sábado em Faro há a primeira de 9 finais.


PS  - que classe ver Adrien jogar, embora lhe falte ser mais decisivo no último terço!


 


8.3.24

O que significa a saída de Ruiz

Acho que todos fomos apanhados de surpresa pela notícia da saída de Leonardo Ruiz para a Coreia do Sul. Pelo timing (pensávamos que já não haveria mais entradas ou saídas) e porque o ataque é o setor mais fragilizado do momento.

Como tive oportunidade de escrever, havia um avançado no banco de suplentes em Moreira de Cónegos. É pouco.

Quando Freire entendeu tirar os três avançados, teve de meter dois médios.

No plantel há agora 8 avançados, mas três, por razões diferentes, parecem não contar (Ukra, André Pereira e Rehmi, reforço de Inverno, que tem jogado pelos sub23) e o outro (Zé Manuel) não é avançado.

Sobram Aziz, Embaló, Ronaldo e Boateng. (Vroussai pode jogar a extremo)

Ruiz (46 jogos em quase duas épocas, sete golos apenas) nunca fez a diferença, mas, em caso de necessidade, poderia ser uma ajuda.

PS - O Rio Ave anunciou entretanto que Noah Santos, da equipa sub23, assinou contrato profissional. Veremos se é opção na próxima época. Para já, Diego Coelho, que veio em janeiro, e também joga nos sub23, pode ser chamado, já que está inscrito na Liga, ao contrário de Noah.


3.3.24

(0-0 em Moreira de Cónegos) Valeu o resultado

Não sei se sou só eu ou se outros Rioavistas também se sentem assim: após os últimos jogos do Rio Ave, estou como ‘o tolo no meio da ponte’: satisfeito com os jogos na Luz, no Dragão e frente ao Sporting e desiludido com o que se viu em Famalicão e agora em Moreira de Cónegos – de onde saímos com um empate porque, a fechar, um adversário falhou uma grande penalidade. 

Parece claro, nesta altura, que a equipa tem duas caras: frente aos principais candidatos joga olhos nos olhos e, por vezes, até melhor do que eles; frente a adversários de valor semelhante é uma equipa sem rasgo, sonolenta, desinspirada. 

Num fim de semana o Rio Ave faz uma grande exibição (grande jogo frente ao Sporting) e no seguinte faz 90 minutos pouco mais do que penosos. Foi o que aconteceu este sábado frente ao Moreirense. Primeiro remate aos 65 minutos e uma estatística arrasadora (18 remates para eles, contra 3 dos nossos). 

Luís Freire, antes do jogo, disse duas frases que poderiam não ser completamente compreendidas: o Moreirense deveria ser encarado pelos jogadores do Rio Ave como uma “equipa grande” e “um candidato ao título”. À primeira vista, tratando-se do Moreirense, parece um disparate. Mas o que mostra é que Freire já identificou o problema: os seus jogadores têm ‘uma cara’ nos jogos com os candidatos ao título e outra nos restantes. 

Ele bem pediu, mas a equipa não lhe fez a vontade, mesmo com vários reforços no onze (que, imagino, poderiam ajudar a trazer outra mentalidade). 

Em resumo, na minha opinião, o problema é mental e não de falta de qualidade dos jogadores ou do treinador.

 


PS - o Rio Ave tinha seis médios no banco, dois defesas e um avançado. Quando foi preciso mexer no onze, saíram os três da frente (Aziz, Embaló e Ronaldo) e entraram Boateng, Joca e Teixeira.