29.4.23

30j: Vitória curta mas justa

Caríssimos Rioavistas, 
Voltou a ser um Rio Ave diferente em cada parte. Na primeira lembro-me que passavam 15 minutos do apito inicial do árbitro e de me perguntar quando começaria o jogo. A única diferença face ao jogo do Bessa é que ainda não tínhamos sofrido golos. Mas que coisa fraquinha. 

Fui-me entretendo pela internet. Deu pra ler os jornais pra tentar perceber se já havia algum novo escândalo no governo (não, desde o final da tarde não), deu pra conferir a data da próxima consulta no dentista e ver quais os últimos dentes tratados (não vá ele querer arrancar pela segunda vez o dente do siso que foi extraído pela primeira vez em 1996) (já agora é a 25 de Maio, 18:00, alguém me avise não vá eu esquecer-me) e até deu pra localizar pelo Facebook um colega de escola primária que não via desde 1985 quando ainda descia do primeiro andar da escola a deslizar pelo corrimão de madeira da escadaria. Sim, deu pra tudo isto, um olho no telefone e outro no relvado. Os dois olhos só se fixaram no relvado quando Hernâni foi derrubado e houve penalty a nosso favor. Hernâni ele mesmo encarregou-se de tarde marcar, porém acabou por fazer um passe ao guarda-redes do Arouca. Se nem de penalty... Mas vamos lá ver uma coisa, a culpa do jogo ser fraco não era só nossa. Arouca em quinto? A jogar assim? Nem uma jogada a criar perigo, talvez mais posse de bola, até mais facilidade em atacar, mas depois nem tiros de pólvora seca.

Segunda parte e outro jogo. O Freire deve ter ficado outra vez rouco de berrar com os jogadores. A quantidade de passes errados não diminuiu, mas já se notava que havia sangue a correr pelas veias dos jogadores. Paulo Vítor que entretanto entrara para o lugar do aniversariante mas desinspirado Fábio Ronaldo deve ter ficado surpreendido por estar na área do Arouca sem que ninguém lhe fizesse oposição e decidiu atirar rasteiro para golo. Pareceu tão simples e tão... surpreendente que até me pareceu que a malta demorou a festejar golo, não fosse tratar-se de um engano. Mas não, foi mesmo golo e ia bastar para ganhar. Verdade seja dita, mau que fosse o jogo, era melhor o Rio Ave que o Arouca. Nem um cheirinho a golo e nós agradecemos. Até ao fim não foram capazes de nos fazer tremer. Ainda tentaram meter a bola na nossa área de qualquer maneira mas foi tudo resolvido sem perigos. Mesmo só com 10 pela expulsão de Pantalon foi tudo sereno. E a propósito da expulsão, sr. Pantalon, o sr que é tão calmo exaltou-se tanto com o banco do Arouca porquê? Espero que pelo menos tenha deixado orgulhosa a sua professora de português e insultado com os termos certos o adversário, realçando a falta de urbanidade e probidade demonstradas por ele após a falta sobre o seu colega de equipa. Adiante.

3 pontos, merecidos e justos. Melhor o resultado que a exibição, mas já não é pra nos queixarmos. Venha outra vitória no próximo jogo.