17.3.23

Sta Clara: um jogo que só podia resultar em vitória do Rio Ave.

Rioavistas, ao intervalo do jogo de hoje até fui à To Good to Go pra ver se estavam lá (e a que preço) as oportunidades de golo que desperdicámos na primeira parte. Tanta bolinha boa a pedir para a empurrarem para o fundo da baliza do Sta. Clara e toda a ser desperdiçada não pode ser. E até um penalty desaproveitado! Deverá ter sido a primeira parte mais dominadora de toda a temporada e, ironicamente, aproveitamento zero. De uma possível vantagem gorda a um empate tristonho. Globalmente tristonha foi também a equipa do Sta Clara, apesar de alguns fogachos a disfarçar a falta de moral que se nota. Mas isso não é problema nosso, deveríamos ter aproveitado para chegar ao intervalo na frente e bem confortáveis.
E bom, a vantagem acabou por chegar de uma forma improvável. André Pereira que tinha desperdiçado o penalty, ganhou uma bola na grande área do adversário, tenta cruzar para Boateng, escorrega e faz um improvável mas perfeito chapelão ao redes açoriano o que, impotente, ainda vê um colega de equipa empurrar a bola para golo. Visto em super slow motion numa sala escura, pipocas no regaço e palhinha na boca a sugar um refrigerante quase parece cena saída de um filme de aventuras de Hollywood. 
O Sta. Clara ainda pareceu querer reagir, mas Leonardo Ruiz entrou e 2 toques depois acabou de vez com qualquer tentiva de reação da equipa da casa.

Foi a nossa vitória mais tranquila. Foi contra um adversário mais débil, mas foi uma vitória. Fomos muito melhores, fomos competentes, soubemos não complicar a tarefa apesar de termos sido perdulários na primeira parte. Parabéns a todos. Já não implico tanto com Luis Freire, com os penteados de Aderllan e já quase nem me lembro que Pedro Amaral jogou no Rio Ave. São tempos felizes. 

Não sei se esta vitória nos assegura a permanência, mas que nos deixa muito seguros, deixa. O próximo jogo é contra o Benfica e será, teoricamente, o mais complicado para tentar pontuar até ao fim da época. Todos os restantes adversários estão bem dentro das nossas possibilidades de vitória. Espero que a equipa se convença que ainda tem poucos pontos e cresça ainda mais até que se lavem os cestos. 

12.3.23

Gil Vicente: vitória arrancada a ferros com tudo contra nós.

Foi mesmo tudo contra nós: o árbitro (que não sabe pra mais, coitado, e devia mudar de profissão) e até os nossos jogadores. É Paulo Vítor, apeteceu-me rapar-te o cabelo e arrancar-te as orelhas quando cometeste penalty. Mas já lá vamos. Primeira parte perfeita: super eficientes, calmos, concentrados, objectivos. Curiosamente os dois golos foram marcados pelos dois laterais e no segundo até com assistência de um para outro. Não podia pedir mais nada da primeira parte. O Gil Vicente parecia uma equipa do Miguel Cardoso, muita bola, muito domínio, movimentos interessantes, mas depois de tudo bem espremido via-se que era uma laranja seca. Começámos a segunda parte a quase fazer o 3-0 e depois veio o pesadelo com a expulsão de Amine. Inevitavelmente veio-me à memória o jogo de Barcelos. A diferença é que na primeira volta quando Guga foi expulso o Gil já tinha reduzido para 1-2. Não consigo perceber a expulsão do Amine, não consigo. Acho que falta bom senso ao futebol, falta imenso bom senso. Com isto ficamos encolhidos no nosso meio-campo e pouco tardou o golo dos barcelenses, ainda por cima um autogolo de Fábio Ronaldo, ele que foi o grande obreiro da nossa vantagem. Depois faltou coragem ao árbitro para expulsar um jogador do Gil Vicente numa falta sobre Costinha. Provavelmente gastou-a toda pra expulsar Amine. Entretanto o tempo ia passando e o sufoco não aliviava. Não me cabia um feijão... Quando vi Paulo Vítor entrar achei que era uma boa decisão: "ele há-de pegar na bola e vai correr por ali fora até se encostar à linha de fundo do nosso ataque e vai ganhar umas faltas" . Na verdade ele conquistou foi uma falta que deu penalty para o Gil Vicente. É falta, penalty, nada a dizer. Se alguma das pragas que roguei ao Paulo Vítor pegar o pobre rapaz está tramado. Mas enquanto se rogam pragas também se acendem velas a santinhos. O altar que tenho a São Jhonatan tinha uma vela a arder que fazia inveja a qualquer Santo. Foi o que nos valeu! Uma defesa, uma vitória, 3 pontos.
Era preciso vencer. Vencemos. O lugar de playoff ficará, na pior das hipóteses, a 11 pontos. É uma boa vantagem. Parabéns à equipa. Ir aos Açores vencer é a próxima prioridade.

5.3.23

Derrota por 2-0 em Braga

Pois é malta. Meteu-me um bocado de impressão o excesso de velocidade com que o Braga jogou em toda a primeira parte. Nós até demos o primeiro sinal de perigo, quisemos meter aqui e ali o pescoço de fora pra ver se escorraçávamos os adversários pra longe da nossa área, mas o que fica na memória foi um garrote apertado que nos obrigou a defender muito, quase sempre bem. Mas a persistência dos da casa lá acabou por descobrir uma brecha para meter a bola no fundo da nossa baliza. Podia ser diferente? Podia, mas não é sempre demérito nosso quando as coisas não correm bem.
A segunda parte não teve um Braga tão rápido, mas continuou a ter nos da casa os dominadores. Nós voltamos a não ser coitadinhos, fomos mostrando as unhas quando pudemos, só que voltamos a não saber marcar golos e tivemos uma boa oportunidade para empatar. Quando o Braga fez 2-0 foi demais evidente que na cabeça dos nossos jogadores a partida tinha acabado.

A derrota foi adequada ao jogo. Não temos a qualidade de outros tempos e a jogar contra equipas mais fortes e muito empenhadas no jogo não é fácil conseguir mais.