Ora vamos lá. O início foi mau. O Estrela estava com muita vontade, cheio de força e a colocar muita alma em cada lance. Chega muito cedo ao golo, continua com rotação elevada e nós não estávamos à espera de uma entrada tão vincada. Fomos reagindo aos poucos, mas fiquei desde logo com a ideia que aquela reacção já mostrava as fragilidades do Estrela. Um dos postes de iluminação apaga-se e o brilho do Estrela ressente-se bastante. O Rio Ave empata e sem querer parecer arrogante, acho que daí em diante o jogo ficou definitivamente nosso. Sem surpresas ganhámos a dianteira e percebe-se cada vez mais que havia uma grande diferença de qualidade entre as equipas. O golo na abertura da segunda parte, segundo após canto, acentua o fosso. Claro que o sabonete que Jhonatan não apanhou no livre amadorense podia ter deixado tudo complicado, mas a reacção foi tão rápida que na Reboleira os da casa nem saborearam o golo marcado. Novo erro do Estrela dá golo nosso mais uma vez e então os 13 minutos só têm como registo a expulsão desnecessária de Vítor Gomes por segundo amarelo. Desnecessária e injusta, porque o primeiro amarelo que viu não devia ter saído do bolso do árbitro. Mas com tanta experiência, Vítor, não havia necessidade... Adiante.
Conta a vitória, conta um desempenho competentissimo na maior parte do tempo. Não teve de ser uma exibição avassaladora para fazer tantos golos, mas foi colectivamente muito forte. Houve elementos individualmente menos bem hoje, mas os que se destacaram fizeram a diferença. Gabrielzinho por marcar 2 golos e fazer uma assistência destaca-se naturalmente. O veloz extremo tem alguma dificuldade no último passe, às vezes parece desastrado e descoordenação nas acções mais simples, mas na finalização foi matador de excelência.
A liderança é nossa, a energia e moral estão no máximo, há que continuar a capitalizar.