27.8.17

4j, Benfica: Adequado.

Saí do estádio convencido que o resultado foi ajustado ao jogo. Podíamos ter ganho, mas também podíamos ter perdido. Tivemos uma primeira parte muito boa, deixamos o Benfica bloqueado com a nossa facilidade em fazer circular a bola pelos nossos jogadores, fomos astutos, concentrados, mas ficámos um pouco curtos de presença na área do adversário. Ainda assim, foram nossas as oportunidades de golo criadas e se houvesse relação entre futebol e golos marcados então estaríamos a ganhar ao intervalo. O adversário por seu lado só criou perigo com a nossa tendência para o masoquismo, quando Cássio em reposições de bola com os pés mostrou nervosismo pouco adequado a um jogador com a sua experiência de qualidade.
Claro que num adversário recheado de valor como o Benfica não se pode esperar sempre que fique por baixo do jogo sem tentar umas sacudidelas pra se desprender do anzol que o Rio Ave lhe tinha cravado na boca. Eu esperava mais Benfica na segunda parte, mas a verdade é que até ao nosso golo o anzol continuava a dominar o peixe vermelho graúdo. Depois veio a sorte no nosso golo por ser autogolo e chegou então a reacção que eu esperava. Mas chegou da forma mais estranha, num penalty que eu acredito que no estádio quem estivesse a ver o jogo sem ter uma das camisolas vestida dificilmente conseguiria perceber. Mas não há meios penalties, há faltas ou não há faltas e se houve agarrão é falta e é penalty. Tudo o resto é discutir o eterno problema da protecção aos grandes, o colinho, o berço, a cadeira de baloiço, a manta protectora, bla, bla, bla, em que cada um olha para o edifício do futebol pelo alçado que mais lhe agrada e assobiando para o lado. Não tenho pachorra pra isso.
Gostei do que vi. Fico convencido que a jogar com tanta qualidade o Rio Ave vai somar muitos pontos, nos vai dar muitas alegrias e pode ser um candidato a sério para as competições europeias.