No final do jogo de ontem, ainda mal disposto, questionei os fundamentos para eu considerar o Rio Ave FC favorito para a passagem na eliminatória.
Uma coisa é certa, o resultado final veio provar que estava errado. Mas será assim?
Tudo tem explicações, umas mais lógicas, outras mais rebuscadas.
O segundo jogo da eliminatória começou logo por correr mal com a transferência do "quartel general" do Rio Ave FC de uma unidade hoteleira de Vila do Conde para uma da Maia. Culpa de quem? Do staff do Rio Ave que descurou a marcação ou da gerência da unidade hoteleira que optou pela solução checa?
Em segundo lugar tocou-nos uma equipa de arbitragem habituada ao futebol musculado, ao choque, ao deixar jogar, e não fomos capazes de perceber que só jogando de primeira e evitando os choques ultrapassaríamos aqueles gigantes.
Em terceiro lugar a expulsão, justa, do defesa direito (sentiu muitas dificuldades e estava-se mesmo a ver que poderia acontecer a qualquer momento).
Em quarto lugar uma primeira parte para esquecermos (mas para a equipa técnica recordar e trabalhar).
Posto isto o Rio Ave foi inferior ao adversário? Não. Tecnicamente viu-se um Rio Ave FC mais evoluído que o adversário (note-se no golo do Rio Ave FC a atrapalhação do defesa central, o domínio de bola quase sempre deficiente dos checos, a dificuldade de transposição da bola, os constantes passes errados), falhamos na estatura (mas aqui não havia nada a fazer, são características próprias de cada jogador), em que os checos levavam quase sempre vantagem.
Então como explicar a eliminação? Principalmente por os checos terem aprendido a lição no primeiro jogo e saberem que não podiam dar espaços ao meio campo vilacondense. Foi aí que fomos eliminados. A entrada na segunda parte de Tarantini ( o melhor em jogo) veio provar isso mesmo.
E, por isso, e muito mais, o meu favoritismo (infelizmente), esfumou-se numa boa noite para a prática do futebol (e, também, abriu brechas no orçamento apresentado de perto de dois milhões de euros - mas esta questão será uma para uma outra análise).